Pledis disbanda Pristin e outras empresas deveriam fazer o mesmo com seus grupos enormes relacionados ao primeiro Produce 101

A essa altura do campeonato, vocês já devem saber que a Pledis decidiu anunciar o disband do Pristin após 7 das 10 das integrantes (Nayoung-cara-de-fuinha, Roa, Yuha-gostosa, Eunwoo, Rena-da-boca-enorme, Xiyeon e Kyla-que-era-odiada-por-não-ser-magrela) decidirem não renovar contrato com a empresa. Segue tuítes que viralizaram na bolha capopeira ontem:

Algumas coisas nisso tudo são bastante comentáveis. A primeira delas é a surpresa em ver, de fato, uma empresa no K-Pop não enrolando com aquele papinho de que o grupo não acabou, que elas seguirão em atividades mesmo desfalcadas, que acrescentarão outras integrantes ou, pior, que mesmo com a maioria do line up fora da gravadora, o grupo permanecerá unido. Bacana que, ao perceberem que deu errado, simplesmente puseram um ponto final – diferente do que a própria Pledis faz em relação ao After School/Orange Caramel, por exemplo, que não lança nada na Coreia do Sul desde 2014 e segue como “ativo” para eles, enquanto com a avex, que já devia saber o rumo que as coisas tomariam, o AFTERSCHOOL (acho hilário adotarem o nome junto e em caixa alta no Japão) teve uma coletânea best of de despedida e um single final em 2015.

Outra coisa comentável, agora indo pros aspectos negativos disso tudo, é a total falta de competência da Pledis em fazer o Pristin acontecer. Foram um pouco mais de 2 anos desde o debut e, nesse meio tempo, elas não lançaram quase nada. Como grupo completo, rolaram só 2 minis em 2017, ambos com vendas bem baixas em relação ao que pareceu ser investido. E os 2 singles trabalhados neles foram ainda piores em questão de números. “Wee Woo” teve peak de #49 na Gaon, com só 157 mil cópias vendidas ao todo, enquanto “We Like” foi ainda pior em suas 27 mil saídas, rankeando em #94 no top 100.

Já como Pristin V, unit rampeira com as meninas que participaram do Produce 101, rolou um single ótimo no ano passado, “Get It”, mas que nem chartear charteou, tamanho o fracasso em audiência. A versão física até que se saiu bem nas listas, pegando um #5 lugar, mas isso se deve à falta de concorrência à época, visto ele ter vendido pouco mais que 18 mil cópias.

E eu até poderia dizer que é meio difícil apontar quem é o culpado disso tudo, pois é certo que o mercado está mesmo saturado de grupos semelhantes, mas sejamos honestos: a Pledis carrega uma grande parcela disso em sua incompetência em diferentes níveis. O maior deles é já de início: ter diluído todo o apelo que as garotas da empresa haviam adquirido ao participar do Produce 101, sobretudo das duas vencedoras que entraram pro I.O.I, ao colocá-las num grupo enorme com outras desconhecidas.

Isso aqui que deveria ser o Pristin, já de início…

O segundo maior deles é simplesmente ter abandonado a ideia de promover o grupo, limitando as atividades delas a tão poucos lançamentos. Sério, de que adianta todo o investimento (de tempo, dinheiro, logística, esforço etc.) que eles eventualmente fizeram com as trainees se, ao primeiro fracasso real (“We Like”), todo ele foi jogado fora? Se mais da metade das garotas pularam do barco com tão pouco tempo de debut, provavelmente nada estava sendo planejado para perto, o que não faz sentido.

Com isso tudo dito, deixo aqui a minha torcida para que outras empresas se inspirem na Pledis e também disbandem seus grupos pós-produce-101 enormes daqui pra frente. Entendo que várias dessas viram na febre do Twice (9 integrantes) e do próprio I.O.I (11 integrantes) a oportunidade de socarem toda e qualquer trainee possível no mercado na tentativa de fazer com que o spotlight de suas vencedoras refletisse nos projetos como um todo. Mas isso não rolou. Mesmo porque, Twice e I.O.I tiveram programas inteiros de audiência boa para desenvolver a individualidade das várias e várias meninas em seus line ups (Somi, inclusive, usou tanto o Sixteen quanto o Produce 101 nisso), enquanto o resto das garotas… Não.

O interessante disso tudo é que, com o enxame de girlgroups enormes no cenário, alguns outros com menos integrantes acabaram se sobressaindo, como BLACKPINK e MAMAMOO (4 integrantes cada, sendo que o MAMAMOO nem de empresa grande é). Seria bacana se as empresas notassem isso, dessem fim a seus fracassos e reiniciassem os trabalhos com algumas dessas mesmas integrantes, mas em formações menores.

Segue exemplos de fracassos retumbantes que poderiam ser sacrificados em prol de tentativas melhor trabalhadas:

GUGUDAN

3 das meninas participaram do Produce 101, 2 delas venceram. O que a Jellyfish, aproveitando isso, fez para seu primeiro girlgroup? Enfiou outras 6 gatas no line up, sendo que uma delas até já pulou fora. Nada delas, seja como grupo cheio ou em suas várias tentativas de subunidades, vendeu bem.

Eu encerraria o Gugudan, visto o nome nem fazer mais sentido, juntaria a Nayoung, a Sejeong e a Mina com uma das avulsas e faria um quarteto. Tudo do início, sem essa história de “cada lançamento performar um conceito diferente”.

WEKI MEKI

4 delas participaram do Produce 101, 2 entraram no I.O.I. A Fantagio socou mais 4 no grupo final. Nada vendeu nada. O único single do grupo a entrar na Gaon foi “I Don’t Like Your Girlfriend”, em 95º lugar.

Eu demitiria umas 3 disso aí, deixaria a menos flopada das trainees que não entraram no Produce 101 junto com as outras 4 num novo grupo.

O repertório, pelo menos, é ótimo. Podiam regravar tudo só com as 5.

DIA

Esse é um dos casos mais malucos de todos. A MBK conseguiu emplacar uma menina que já tinha debutado no DIA, com ela vencendo e entrando no I.O.I. Era só manter o grupo com as 6 integrantes que tinham sobrado das 7 que debutaram e as coisas até que ficariam balanceadas. Mas outras 3 entraram depois disso, com uma saindo tudo mais. As vendas dela até que são mais consistentes que a dos 3 grupos acima, mas nada que se compare, por exemplo, ao sucesso que foi o T-ara em seus anos de atividade.

O que eu faria:

Um grupo só com as desesperadas de reality shows. (Somyi ainda tá na MBK?)

COSMIC GIRLS

Tá, esse aqui é o caso mais imbecil de todos. A gerencia ruim do Cosmic Girls e o lance de abandonarem a ideia inicial de, eventualmente, dividi-las em várias units esotéricas é bem bocó, mas qual o sentido de enfiarem a zebra do Produce 101 como 13º elemento de um grupo que oficialmente deveria ter 12?

Fosse eu da Starship, abandonaria de vez o projeto e colocaria Exy, Yeonjung e as chinesas lésbicas milionárias numa versão rebutada do Sistar.

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