Ano passado, parte da bolha K-Pop viu seu cérebro se contorcer com o debut do Honey Popcorn, um, até então, trio de japonesas ex-idols (duas delas eram de grupos 48, inclusive) que haviam feito fama dentro do cenário nipônico de filmes pornos e conquistado dinheiro o suficiente para bancar uma estreia como girlgroup aegyo na Coreia do Sul. O resultado disso foi a chatinha Bibidi Babidi Boo, que não fez muito minha cabeça sonoramente, mas valeu pelos comentários abismados de fãs do gênero, chocados com elas interpretando tal atitude inocente, pois o aegyo é um estilo de vida e não algo que qualquer pessoa possa fingir curtir fazer para enganar fãs e lucrar em cima disso. Risos.
Enfim, um ano se passou, uma das garotas pulou fora do bonde, outras três entraram no line-up e elas estão de volta com De-aeseohsta…
O vídeo disso aqui está bem bonitinho. A ideia de em uma “dimensão” elas estarem tristes e a fotografia e paleta de cores ser mais apagada, enquanto em outra “dimensão” elas estarem mais felizes, com tudo mais colorido, vibrante e aceso funciona legal nesse conceito aegyo. Aliais, as cinco são bem boas nessa proposta. O aegyo é bem executado, provando que, vejam só, isso tudo pode ser fingido, que as pessoas não necessariamente precisam ser inocentes ou carregar essa aura em suas vidas particulares para se vestirem com vestidinhos plissados e fazerem carinhas confusas de bonecas na frente das câmeras.
Adoraria que essa geração mais nova de capopeiros entendesse isso. Tem fã de idol aqui no Brasil mesmo que é maluco assim. Lembro de receber uma porção de comentários espumantes de gente de fanbase do Loona quando, por exemplo, disse que estava decepcionado com o debut “fofinho” do yyxy ano passado, pois a ideia que os lançamentos isolados das integrantes havia passado é de que teríamos algo mais sombrio vindo do grupo, não um bootleg (ótimo, por sinal) de “Gee”. Foi daí que surgiu o meme da blogosfera fundo de quintal “o aegyo é uma resposta contra o machismo”, lembram? Adoraria que mais troços como o Honey Popcorn surgissem para colocar o fã capopeiro médio contra parede e fizesse com que essa criançada entendesse que idols são acts, que esses conceitos fofinhos são interpretados e que os artistas que eles tanto gostam, provavelmente, não são assim em suas vidas quando as câmeras são desligadas.
Ou vocês acham mesmo que a Chuu é uma personagem de anime atrapalhada que se inspira na Yves-senpai?
A pena disso tudo é que o próprio Honey Popcorn não se ajuda no quesito “músicas boas”, pois “De-aeseohsta” é chata até dizer chega. Soa como uma demo engavetada do Apink entre 2014 e 2015, quando elas soltavam um monte desses números açucarados que não tinham a mesma efetividade chiclete de NoNoNo. Mesmo as outras duas faixas do EP não trazem nada de mais, com as melodias sumindo da cabeça logo após a audição. Fuen.
Mas enfim, boa sorte pras meninas nessa nova formação. Que elas consigam trabalhar com bons produtores que entreguem canções realmente satisfatórias dentro das delimitações do aegyo que elas parecem curtir tanto. Nisso aí, o Oh My Girl soltou uma forte candidata a song of the year.
Não tenho a menor ideia se as outras meninas que entraram agora também eram atrizes pornô. Pesquisem aí e depois me contem. -q
Miojo Pop 
“Não tenho a menor ideia se as outras meninas que entraram agora também eram atrizes pornô. Pesquisem aí e depois me contem. -q”
Pô, eu ia perguntar justamente isso… Quer dizer, isso e se elas também são japonesas ou se o poder de recrutamento de Yua Mikami já cruzou as fronteiras do Japão.
A música realmente lembra bastante o Apink. Eu diria que é um pouquinho melhor (mas só um pouquinho), mas fica naquilo que o Bruno do finado Asian Mixtape bem definiu, “agradável porém esquecível”. Pena.
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Obs.: olha, sobre a Chuu, tirando a devoção dela pela Yves (os vídeos do LOONA TV mostram que a proximidade dela com a Yves é a mesma que ela tem com praticamente todas as outras colegas e abaixo da que tem com a Kim Lip), eu diria que ela é bem do jeito como aparece no MV, sim… sorridente, hiperativa e completamente biruta. Não dá pra não amar.
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LOONA, Red Velvet, After School found dead in a ditch
Grupo revolucionário, inovador é Honey Popcorn que vem com atrizes pornô no line up. E ainda fazem aegyo, coisa que esta basicamente morta no kpop atual (até voltar quando se enjoarem do girl crush concept e o ciclo se repetir)
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A Yua Mikami é bastante corajosa, ela sabe que existe preconceito duplo em cima dela (por ser atriz pornô e por ser uma japonesa entrando no k-pop com um grupo sem nenhuma coreana), mas não se intimida e vai em frente. E pelo que li, ela ganha MUITO dinheiro com os filmes pornô no Japão, o que significa que ela tá investindo no k-pop porque gosta mesmo, não porque precisa de uma carreira lá (inclusive ela banca os custos do Honey Popcorn do próprio bolso, se não me engano).
Isso me lembra que, quando o LOONA ainda tava na fase de revelar as integrantes, tinha um rumor de que a Yua seria a última integrante… um monte de gente odiou a ideia, mas eu tinha adorado (ela é linda, e mesmo se não cantasse ou dançasse bem, convenhamos que isso não é indispensável no k-pop). Infelizmente a integrante final não foi ela, mas como foi a maravilhosa Olivia Hye (que, pra quem não sabe, foi escolhida UM DIA ANTES das gravações de Egoist), a gente saiu ganhando do mesmo jeito.
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Atualização: o Kpopalypse foi atrás dos passados das minas novas do Honey Popcorn, e aparentemente elas não são atrizes pornô. Mas uma delas é gravure idol (aquelas gurias que fazem catálogo de fotos sensuais posando de sutiã e calcinha, frequentemente começando quando ainda são menores de idade).
Uma das outras duas novatas, por mais bizarro que pareça, entrou no grupo depois de pedir pra Yua Mikami recrutar ela PELAS REDES SOCIAIS… Conceito de sasaeng atualizado com sucesso.
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Ah sim, e as três são japonesas. Yua Mikami segue afrontando os netizens que acham que um grupo só é k-pop se tiver um coreano no meio.
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