Aquele amontoado de trecos que saíram recentemente, mas que não reúnem material o suficiente para sustentar posts solos…
[ TXT – CAN’T YOU SEE ME? ]
Com exceção dessa aqui, que talvez merecesse um post longo analisando semioticamente os signos apresentados, mas estou com preguiça, então resumirei em um parágrafo: “Can’t You See Me?”, tal como “Love Cherry Motion”, é uma ótima música alegorizando a perda da virgindade. A letra poderia ser interpretada como qualquer outra coisa, mas ganha ares de coming of age quando lida junto do MV, cheio de representações eróticas (as frutas sendo estouradas, eles todos lambuzados, a casa pegando fogo com eles dançando em figurinos escuros na frente dela em vez dos looks mais teen de antes, por aí vai). Pra mim, já é a melhor coisa no repertório dos irmãozinhos do BTS, que vinham caprichando em seus videoclipes desde sempre, mas vacilavam em relação às faixas trabalhadas neles.
[ BVNDIT – JUNGLE ]
Faço das palavras do Dougie as minhas: enquanto é bacana para a Chung Ha ser uma pop bitch que não inova em nada, mas serve ao público o que ele quer, já que o cenário está escaço de cantoras nesse estilo, essa mesma tática não faz muito pelo BVNDIT, pois o K-Pop está lotado de girlgroups atacando essa pegada visual e sonora. “Jungle” é bacana de ouvir, mas bem fácil de ignorar quando outro act maior aparece fazendo algo parecido semanas depois.
[ DAY6 – ZOMBIE ]
Achei que, pelo título do álbum, era para isso aqui ser a virada “bad boy” do DAY6, mas nah, é ainda outro número melancólico deles e só. O instrumental não é tão inventivo, meio que some da cabeça logo depois de ouvir, ainda que não seja ruim em momento nenhum. Gosto do DAY6 num geral e talvez “Zombie” cresça na minha playlist com o passar do tempo, mas por enquanto tá só… meh.
[ NU’EST – I’M IN TROUBLE ]
Outro comeback do NU’EST, que, ironicamente, parece ter sido o grupo que melhor tirou proveito do Produce 101, não? Gosto que toda ela soa como um lançamento do Taemin no uso dum instrumental mais “elegante” e na maneira como os integrantes colocam seus vocais, mais melódica, sem os maneirismos histriônicos de oppas da nova geração. Vai pro meu celular.
[ WOO!AH! – EXCLAMATION ]
Nugus com um nome merdavilhoso servindo ainda outro número girlcrush try-hard, mas sem muito refinamento visual ou sonoro. O clipe tá meio mal feito (acho que a locação é a mesma que o WJSN usou para “Bazooookaaa!”, mas gravado com uma câmera de celular barato) e a gravação me soa um tiquinho mal masterizada. E como a música é genérica ao extremo, nem dá para curtir pela ironia, é só ruim mesmo.
[ PENTAGON – VERY GOOD]
Não to acompanhando o Road to Kingdom, porque as “versões masculinas” desses programas nunca são tão divertidas de ver quanto as femininas. Foi assim com o Produce 101, com o SMTM e com metade do tempo daquele The Unit. De qualquer forma, dei uma olhada nas apresentações individuais que os oppas fizeram no mais recente desafio, onde deviam reformular um sucesso de algum outro act, com esse cover do Pentagon para “Very Good” sendo o melhor entre todos. Terem mudado o arranjo EDM original prum rockzão dançante ficou bem mais bacana do que eu poderia imaginar. E ainda rola o plus de um dos avulsos plastificados lá ter começado a apresentação sem camisa e todo besuntado na pintura corporal. Acho sempre hilário quando integrantes de boygroups tiram a camisa, pois me lembro que tirar a camisa em espaços públicos na Coreia do Sul pode ser interpretado como atentado ao pudor. Entretenimento contestador. :v
[ BOL4 – LEO e HUG ]
Não sei se alguém esperava qualquer coisa de diferente do BOL4 agora que a marca deixou de ser uma dupla e se tornou um projeto solo, mas, é, a mudança não significou absolutamente nada em termos sonoros aqui. O feat. com o cara do EXO é uma bosta sonolenta, enquanto o single seguinte do álbum é mais gostosinho e divertido de ouvir dentro da proposta calminha que já era trabalhada há tempos. No fim do dia, não dá vontade de repetir, mas não chega a ofender.
[ FULL ALBUM DO BLACKPINK PARA SETEMBRO ]
Ao que parece, soltaram uma notinha na mídia coreana de que o BLACKPINK, após quatro anos de existência, dois minis e uns singles soltos, enfim lançará seu full album em setembro, com alguns pré-releases até lá, o que talvez inclua o feature com a Lady Gaga nesse bolo de divulgação. Nós aqui que somos capopeiros da velha guarda sabemos que, em termos de YG Entertainment, isso não garanta absolutamente nada. Nem entrarei na questão “segundo álbum do 2NE1”, pois aparentemente 2NE1 não tem mais relevância alguma enquanto Jennie e as outras meio que criaram o conceito girlcrush dentro da Coreia do Sul ou algo assim, mas mesmo se nos atermos ao quarteto, fica meio claro que o que é prometido nem sempre é cumprido. Alguns casos que lembro de cabeça do debut até então:
O próprio debut, cujas promoções prometiam oito singles ao longo de 2016, com só quatro deles saindo de verdade;
O primeiro mini-álbum, que supostamente sairia em 2017, mas foi reduzido a só um single para o comeback oficial em 2017;
A “terceira” era do grupo começaria com releases individuais para cada uma das quatro integrantes, começando pela Jennie, depois viria a Rosé (a faixa até já estaria gravada, segundo comentários à época), aí as outras duas menores e, então, o álbum. Saiu “Solo”, Jennie pegou #1 na Gaon e… Só. O resto dos solos e o eventual LP foram engavetados e o comeback seguinte foi com outro mini;
Aah, e antes mesmo do debut, o grupo deveria se chamar Pink Punk e, supostamente, contaria com nove integrantes, mas aí já é especulação mesmo.
Não tenho qualquer expectativa positiva sobre esse lançamento. Se sair ainda esse ano, mesmo sem os pré-releases, já é lucro. Se sair esse ano, com os pré-releases, ficarei surpreso. E se sair esse ano, com os pré-releases e o resto da tracklist for de inéditas e não um compiladão com as titles de comebacks trabalhados entre 2016 e aqui, aí eu caio da cadeira.
Os blinks e as bichas-jovem-pan-bcharts que não escutam K-Pop, só BLACKPINK, e se acham mais cultas por isso que me perdoem, mas a real é que a YG encontrou uma fórmula mágica de fazer dinheiro com o quarteto com o mínimo de esforço possível. Não sai quase nada delas ao longo do ano justamente porque, quando soltam as migalhas, a fanbase vem com isso de “vamos dar stream para alimentar as lendas”, que já devem estar ricas com essa tática enquanto vocês se preocupam em dedicar tempo para esse sustento. =P
Eu achei que o comeback do TXT fazia referências a garotos psicopatas que querem se matar (as frutas vermelhas seriam o sangue).
Mas nesse contexto de perder a virgindade também funciona pra caramba. Nunca mais assistirei o clipe sem maliciar… e que música boa, não?
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eu preferi a música do day6 na versão em inglês… e o álbum também ta gostosinho, afraid é ótima
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O mini do TXT tá ótimo também…
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Blackpink ganhando full album? Como diria o Silvio Santos para o auditório: eu só acredito… *complete a frase*
Falando (indiretamente) em Blackpink, tava vendo essa tarde o vídeo da vez em que Girl’s Day e Apink resolveram cantar (dublar) um a música do outro, no auge da guerra entre o sexy concept e o aegyo concept, com direito a Hyeri desafinando, Namjoo irreconhecível com o rosto original e as Apink jurando que iam se manter castas usando calças pretas coladas em vez dos shortinhos atochados do Girl’s Day (acabou que as calças não fizeram diferença pro cover mas estragaram o visual aegyo quando elas voltaram no palco pra cantar o próprio single). Quem diria que anos depois, esses dois concepts antagônicos seriam massacrados sem piedade pelo girlcrush concept das Pretorosa?
(e eu até gosto do girlcrush concept, mas é uma pena que ele meio que sufocou a diversidade de conceitos que os girlgroups coreanos tinham…)
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Que bacana esse remix de fake love do TXT
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Eu sei que woo!ah! é ruim, mas grudou na minha cabeça e aqui em casa isso já fez delas nugus do ano.
Sobre o Blackpink, você disse tudo que venho repetindo e que me faz desanimar com o grupo. Não gosto nada dessa tática de ganhar dinheiro com pouco material.
E penso exatamente isso:
“. Se sair ainda esse ano, mesmo sem os pré-releases, já é lucro. Se sair esse ano, com os pré-releases, ficarei surpreso. E se sair esse ano, com os pré-releases e o resto da tracklist for de inéditas e não um compiladão com as titles de comebacks trabalhados entre 2016 e aqui, aí eu caio da cadeira.”
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