Cherry Bullet entrega em “Aloha Oe” um dos breaks mais involuntariamente hilários dos últimos dias

Sei que serei julgado por isso, mas eu meio que criei um hype para esse comeback do Cherry Bullet. E por três motivos, 1) gostei genuinamente de Hands Up, sendo esse um dos lançamentos mais consistentes desse ano até então nos charts do meu celular (acho que ela não ser tão bombástica assim ajudou a não enjoar); 2) como o AOA meio que implodiu após as mutretas de bastidores vazarem, imaginei que a FNC começaria a investir pesado em suas rookies para abafar o incêndio; e 3) Summer Breeze é um puta musicão, melhorando a Come And See Me do ano passado, então era de se esperar que o outro grupo da gravadora também viesse com algo nessa linha em algum momento.

Infelizmente, não foi essa a oportunidade. Mas Aloha Oe não é de se jogar fora, embora isso ocorra pelo motivo errado…

Huh, talvez tenha faltado timming da minha parte soltando aquele post com bobagens meia-boca de verão ontem. Se tivesse esperado mais um pouco, aproveitava essa também. Tal como outras daquela lista, “Aloha Oe” não chega a ser ruim de verdade, mas também não vai muito mais além do aceitável em ousadia, execução e tudo mais. É uma boa faixa nota 6,5 que não ofende em quase sua totalidade. Seu único diferencial HILÁRIO é o break havaiano RIDÍCULO que surge após o refrão, dando ao pacote todo uma aura trash que há muito não é explorada dentro do K-Pop.

Ele é tão maluco e artificial que, quando acaba pela primeira vez, é como se a música se encerrasse, precisando recomeçar, já que não é bem costurada o bastante para que o instrumental do break faça sentido com o que vem depois. Soltei uma gargalhada aqui com a surpresa quando escutei pela primeira vez. E, aah, quer saber, isso aí já é bem mais do que a indiferença broxante que todo o resto de lançamentos sazonais recentes têm me proporcionado. Só pela palhaçada, ela já passa de uma música 6,5 para uma música 6,8. Parabéns aos envolvidos.

De qualquer forma, esse comeback ainda deixou um gosto ligeiramente amargo na boca. Quando “Hands Up” veio ao mundo, jurei que a FNC acertaria a mão com o grupo dali em diante, aplicando nela a mesma fórmula que levou o AOA ao sucesso, naquilo de elas fetichezarem alguma profissão aleatória enquanto cantam bobagens chicletes com letras recheadas de duplos sentidos (só ficaria faltando o Brave Brothers). Mas parece que não, vão insistir mesmo em algo mais genérico. Pena pra elas.

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A propósito, falando em breaks absurdos no refrão, já ouviram esse bagulho terrível aqui? HUAHUAHUAHUAHUAHUAHUA

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