PLAYLIST (Março’21) 🍜

Março passou tão rápido quanto o surto da Kakao em tirar as músicas do Spotify. Infelizmente, essa enormidade de velocidade não se refletiu na quantidade e qualidade de releases, já que esse foi, até então, o mês mais minguado desse 2021 que ainda não engatou a marcha para começar.

Isso posto, vamos à atualização da playlist aqui do blog, que conta com nada mais que 12 adições (sendo que uma delas é de anos atrás). Fãs da Chanmina e cacuras que ainda se importam com a Park Bom irão chiar pela ausência delas, mas “Bijin” não funcionou comigo sem o auxilio visual e “Do Re Mi Fa Sol” é só… chata.

01. BRAVE GIRLS – ROLLIN’: E a grande música de 2021, até então, na verdade é de 2017. Por um vídeo viralizado, o mundo descobriu que o Brave Girls era um grande hit entre militares, não só batendo ponto naqueles eventos em templos religiosos, mas com a coreografia de “Rollin'” sendo passada entre cadentes mais velhos para outros recém chegados. Foi o suficiente para que a faixa vendesse como água, o Brave Brothers restaurasse o grupo (que estava prestes a disbandar), colocasse elas em todo e qualquer programa da Coreia do Sul e, no encalço, elas pegassem #1 em todos os charts possíveis, desbancando até nomes de maiores gravadoras e a fucking IU. Por mim, nada de errado.

02. UTADA HIKARU – ONE LAST KISS: Filme novo de Evangelion na praça é sinal de comeback da Utada com alguma música tema. Não sou tão fã das colaborações dela com a franquia, mas “One Last Kiss” pega tudinho o que de melhor ela consegue produzir nisso de “canções tristemente alegres (ou alegremente tristes)” e nos entrega magia pura em um pouco mais que quatro minutos de track. Há uma passionalidade delicada no modo como ela canta aqui que eleva a experiência prum patamar de abrasividade que só a Utada mesmo consegue nos proporcionar.

03. WJSN – NEW ME: Das album tracks do EP novo das meninas cósmicas (saiu mais gente do line up?), essa delicinha oitentista ligeiramente macabra foi a que mais curti. Os produtores dão um jeito de levar o instrumental “futuro do passado” prum lado tão melancólico que fica até desconfortável (no bom sentido) de ouvir.

04. TOMEKI RECORDS – STAY WITH ME: Descobri esse projeto aqui através do blog Asia Asiática, onde essa mina regrava grandes sucessos citypop (ou jams oitentistas num geral) atualizando a sonoridade daquela época com os efeitos que costumam aplicar para lançamentos atuais inspirados nisso. Das recentes, estou viciadíssimo nesse cover de “Stay With Me”. Como muito do que há de referência dessa época, é tão triste que faz a volta e se torna radiante.

05. IU – COIN: Não achei que a IU mandou tão bem nesse novo álbum não. A maioria das músicas é bem qualquer nível, o que piora muito levando em conta que ela tinha comentado que, dessa vez, usaria mais recursos para sua produção do que usa em geral em seus releases. De qualquer forma, os dois singles lançados junto com o LP são muito bacanas e fazem valer o comeback. Em “Coin”, observamos uma IU mais divertida, que se leva menos a sério, brincando vocalmente numa demo que algum act masculino pré-NCTzação de acts masculinos da SM soltariam.

06. IU – LILAC: Já “Lilac” é o grande carro chefe, com ela também apostando na modinha citypop, só que com um refinamento moderno que não deixa a faixa com cara de retrô, mesmo sendo bem retrô (fez sentido?) Não é a mais title da IU em todos os tempos, mas a maneira como ela consegue imergir o ouvinte numa atmosfera alegre e escapista é sem igual.

07. FEMM – SUGAR RUSH: Que bom que o FEMM não demorou tanto para retornar após seu 2020 recheado de bops. “Sugar Rush” é bem interessantezinha como ideia, mostrando uma vertente mais kawaii do grupo até então ainda não explorada. Não é tão legal quanto os singles do ano passado, mas rola bem nesse entressafra.

08. WJSN – UNNATURAL: Que bom que a transição de imagem (que demorou pra caralho pra acontecer) das garotas cósmicas foi mais pro lado Apink dessa ideia do que BLACKPINK. Os vocais apurados delas caem como uma luva em números dance elegantes assim. O refrão é maior onda.

09. FAKY – 99: Quando tem comeback do FEMM, tem comeback do Faky. E vocês, à essa altura do campeonato, devem saber que eu adoro quando elas exploram seu lado Fifth Harmony, então yay, só vitórias por aqui.

10. PURPLE KISS – PONZONA: Eu estava com as expectativas bem baixar para o debut propriamente dito das irmãzinhas do Mamamoo. Isso delas serem sombrias e tals poderia dar margens para porcarias tryhard que eu já não tenho mais tanta paciência nem quando são feitos com vocais femininos. Contudo, os produtores conseguiram acertar a mão em “Ponzona”, dando uma de (G)I-DLE e manifestando um autocontrole no instrumental que o faz bem agradável a longo prazo. Estou ouvindo todos os dias.

11. JESSI – WHAT TYPE OF X: Ok, eu realmente me surpreendi aqui, hein. Quem imaginaria que o follow-up da Jessi pós-explosão ano passado seria um rockzão safado com ela alongando tanto as notas no vocal de fumante dela? Eu que não. Mas fui slayed com “What Type Of X”, que corre o sério risco de superar “Down” como minha música predileta da Jessi.

12. AINA THE END – KINMOKUSEI: Gosto muito de como o vocal da Aina consegue dar um tempero a mais a qualquer coisa que ele seja colocado. E se a escolha dela como single para seu primeiro álbum como solista (que ainda não ouvi, aguardem possíveis outras adições mês que vem) foi um baladão bem dramático, quase teatral, estou aqui para ouvir e me emocionar com ela nele.

Írra!

3 comentários em “PLAYLIST (Março’21) 🍜

  1. Gostei da lista, só senti falta do cover lançado pela Ayu – quase ao mesmo tempo que o EP da Utada, o que deixou algumas pessoas esperando por um novo embate épico entre as duas, mas no fim a situação acabou sendo bem mais morna do que em 2001.

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