Dando continuidade a esse ranking, vamos para mais um corte contendo vários grandes bops esplendorosos e inesquecíveis do ano de 2021. Essa segunda parte contém muitas músicas maravilhosas que, em algum momento dos últimos meses, fizeram muito a minha cabeça, foram enormes vícios e por aí vai.
Bora lá…
85. TRUE – STORYTELLER
É muito massa quando as animesongs são construídas de modo a expressar com precisão a “energia” do anime a qual elas representam. E “That Time I Got Reincarnated as a Slime” tem exatamente essa vibe mostrada aqui em “Storyteller”, sendo uma história vibrante, aventuresca e emocionante a longo prazo. O True pega esses elementos e aplica na música, nos vendendo uma paixão shounen aos ouvidos em um pouco mais de quatro minutos e meio. É tudo bem energético, de fôlego, mas recheado de coração. Pra mim, uma das muitas OSTs muito legais que tivemos em 2021.
84. TWICE – SCIENTIST
O Twice hoje é o maior grupo de sua turma e é interessante acompanhar como elas, a partir da mudança de abordagem lá em 2019, conseguem provocar os mais diferentes públicos, desde os fãs do aegyo que elas faziam em início de carreira até os fãs da 2ª geração ávidos por aquele K-Pop especialmente bolado para as pistas, como faziam nessa época. Esse foi ainda outro ano com ótimos jams vindos delas, com “Scientist” sendo ainda outra deliciosa adição ao catálogo do OT9. Pontos extras para a melodia em alguns momentos lembrar a mítica Express Yourself, da Madonna. Ter Madonna como uma inspiração é sempre sinal de alto nível. E falando em referenciar grandes nomes do pop…
83. ONEUS – BLACK MIRROR
Michael Jackson sempre foi e sempre será uma grande influências para acts do K-Pop, seja nas sonoridades que ele apostou em seu auge, seja nas estéticas visuais que se tornaram icônicas através dele, como a jaqueta, o chapéu e a luva. O que o Oneus fez aqui foi juntar tudo isso num lugar só, servindo seu melhor comeback em todos os tempos. O pop funkeado é sensacional, o refrão duplo é maravilhoso e todas as referências ao MJ que eles enfiam no vídeo são boas demais (tem até o gritinho). Um dos muitos ótimos releases masculinos desse ano. O refrão que vai aumentando de intensidade conforme os segundos passam é uma coisa de louco.
82. YUKIKA, PAT LOK – THE MOMENT
Essa aqui também é tão boa. Eu acho ótimo que a Yukika é notada por produtores hipsters que querem aproveitar a persona citypop que ela construiu no ano passado para coisas maravilhosas como essa “The Moment”. Ela é o encontro perfeito entre esse pop japonês de tempos atrás, agora resgatado pelo viral de “Plastic Love”, com uma pegada um tiquinho mais contemporânea do house carudão para posar na frente do espelho. E a Yukika imprime tão bem no vocal dela a melancolia estoica de cantoras do passado que é impossível não ser tocado e arrastado para essa atmosfera. Que venham mais parcerias assim.
81. RIKO AZUNA – KEEP WEAVING YOUR SPIDER WAY
Voltando pro cesto das animesongs, teve esse isekai merdavilhoso sobre a nerdona que morre e renasce como uma aranha num mundo de fantasia medieval que eu fiquei viciadíssimo no começo do ano. E o primeiro tema de abertura dele, “Keep Weaving Your Spider Way”, também grudou na minha cabeça como chiclete. É daquelas loucuras BABYMETAL violentas-porém-adocicadas que colam muito comigo. Vai parecer meio ridículo e exagerado para a galera que está mais acostumada com músicas 100% lineares, mas para mim que curto umas doideiras descomunais é um prato cheio.
80. 015B, DAWON – UNCERTAINTY PRINCIPLE
E voltando para o cesto de produtores convidando flopadas, tem esse cara chamado 015B que todo ano produz uns trecos mais voltados pro rock alternativo que sempre rende maravilhas às minhas playlists. A desse ano que não sai da minha cabeça é “Uncertainty Principle”, que estaria em casa na tracklist daquelas bandas indies dos anos 2000 e seria aclamada por um público hipster de Lollapalooza no meio da tarde, mas com o plus de ser interpretada por uma gatinha coreana de voz aveludada, o que torna tudo ainda mais divertido. Não deixem o MV praticamente caseiro afastar vocês dessa que foi uma das coisas mais legais da parte alternê do K-Pop nos últimos tempos.
79. DALSOOOBIN – SIGN
Vocês se lembram que no final do ano passado teve aquele programa, o Miss Back, que chamava umas minas de girlgroups antigos para trabalhar com produtores e fazer novas músicas? A da Subin, ex-Dalshabet, saiu só em janeiro e, em minha opinião, foi a melhor de todas. “Sign”, diferente do resto que ouvi do reality, tem um apelo pop bem maior, remetendo diretamente praquele movimento de midtempos sensuais da primeira metade da década passada, do qual ainda tenho muito apreço. Não vi se o single teve algum desempenho positivo, mas calhou de ser a música que hoje mais curto do repertório solo da Subin, que é mais autoral e alternativo do que eu costumo consumir do K-Pop.
78. WENDY – LIKE WATER
Eu já imaginava que a Wendy viria a ser a Taeyeon do Red Velvet, mas isso ficou até descarado com o debut solo dela sendo uma versão 2.0 do debut solo da Taeyeon. Os elementos sonoros todos são, basicamente, os mesmos de “I”. E como eu adoro “I”, também adorei “Like Water”. Essa música é daquelas que mergulham a gente numa porção de sentimentos bonitos, tocando o coração do início ao fim. E o delivery vocal da Wendy tem metade da responsabilidade nisso, com ela entendendo onde deve soar mais sentimental, quando deve guardar e quando deve soltar com força o gogó. O melhor solo das cinco piolhas de baphomet até então.
77. HEIZE – HAPPEN
E cá sigo eu como o cavaleiro solitário da blogosfera fundo de quintal que se mantém panfletando as músicas da Heize como se alguém além de mim fosse ouvir. Mas eu sinto é pena de vocês por não serem impactados por coisas como “Happen”. Isso aqui é bonito demais. É o estilo que tanto curto da Heize, que adiciona doses extras de passionalidade enquanto canta, acompanhado de um instrumental disco bastante sentimental. E ainda tem o MV fofinho dela e o cara feião nunca se encontrando de verdade, até que se encontram no momento em que a música fica mais intensa. Repito: PENA de vocês!
76. BRAVE GIRLS, E-CHAN – POOL PARTY
Brave Girls! ❤ Eu acho é ótimo que as quatro gostosas do porão do Brave Brothers tenham hitado de maneira tão aleatória com “Rollin'”, pois isso mostra que boas músicas sobrevivem ao tempo enquanto as que seguem modinhas à risca costumam envelhecer como leite (ou vocês irão mentir na cara dura que ainda escutam reggaeton?). Infelizmente, não caí de amores pelas titles inéditas que elas escolheram trabalhar como principais em seus dois comebacks, mas fui totalmente tomado por uma outra aí que aparecerá mais para cima e pela “b-side” “Pool Party”, que é bem mais em linha com o estilo retrô elegante e provocativo onde o maior apelo delas parece estar. E eu até gostei mais do videoclipe NÃO SER NUMA PISCINA, pois as ambientação toda da pista de patinação cola bem mais com essa oitentisse toda. Surpresa do ano.
75. GWSN – I CAN’T BREATH
E a outra grande música do mini-álbum do GWSN é “I Can’t Breathe”, que bem soa como uma trilha sonora de filme futurista de espionagem internacional maluco. Eu adoro o refrão com a Maria Regina Bergantes de Cerqueira e Figueira sussurrando que não consegue respirar quando falam com ela. E adoro também a bridge, com ela metendo um rapzão como se estivesse possuída pelo capeta. Rainha que ganhou várias linhas relevantes nesse comeback! Que pena as garotas no parque não serem a merda mais quente em vendas no K-Pop, pois elas mereciam muito mais do que só a aclamação de blogueirinhos internacionais que não influenciam em nada o andamento da indústria.
74. TRI.BE – WOULD YOU RUN
Olha, eu acho uma maravilha o TRI.BE ter conseguido emplacar TRÊS singles logo em seu ano de debut. O segundo mais legal da trinca é “Would You Run”, que segue aquela estrutura certeira de versos mais agressivos seguidos dum refrão bate-cabelo mais popão, tipo o que o Weki Meki fez em “Crush”, inspirado no BLACKPINK em “As If It’s Your Last”, que é cria do 2NE1 em “Gotta Be You”. O Black Swan também fez isso em “Close to Me”, mas eu fiquei tão puto com o ocorrido lá do fã da Leia e toda a cachoeira de merda que isso gerou que peguei implicância com o grupo e elas nem aparecerão aqui. TRI.BE rainhas que não despertam a maluquice dos fãs (pois nem têm nenhum), só escândalos com “apropriação cultural”! ❤ Btw, o momento logo antes do refrão com elas se convertendo em deusas do vogue é matador demais…
73. WONHO – LOSE
Eu gosto muito do fato de o Wonho e sua staff terem percebido logo de cara que o que cola com ele são essas músicas de instrumentais mais fortes, que funcionam por si só, onde ele precisa apenas colocar seu vocal mais contido e se alisar sem roupa para a câmera. Nessa, ele se tornou um dos solistas que mais me empolgo quando anuncia comeback, pois já sei o que virá e sei que gostarei. “Lose” é uma pepita. Acho que a parte que mais curto nela é o finalzinho, depois do último refrão, com a guitarra ficando em maior evidência e ele repetindo os “don’t wanna lose” até que ela termine.
72. SOYEON – BEAM BEAM
A Soyeon foi inteligente pra caralho nesse comeback solo. Ela parece ter entendido que a mão dela de produtora no (G)I-DLE vinha gerando músicas com uma fórmula bem parecida (que eu adoro, não entendam mal, tem uma quase no top 10 dessa lista) e se usasse esse tipo de estrutura aqui não teria tanto destaque assim. Aí foi lá e veio com um popzinho teen que não tem nada a ver com todo o resto que ela fez até então, o que imediatamente a distanciou do grupo e lhe deu a “originalidade” tão desejada por artistas que saem solo e querem evitar comparações. “Beam Beam” é boa pra caralho, lotada de momentos de pura diversão destrambelhada que ela sabe vender como ninguém. Agora que o (G)I-DLE deve ir pro saco (pois Cube sendo Cube), torço pra que ela bata perna da gravadora e se torne mesmo a nova HyunA. Inclusive, poderia ir para a P-Nation mesmo.
71. PINK FANTASY – POISON
Esse Pink Fantasy, comigo, sempre soou mais como “aqui o nosso conceito” do que “aqui as nossas músicas”. Legal ter uma mina que usa máscara de coelho o tempo todo, legal ter “Alice no País das Maravilhas” como uma inspiração narrativa, mas as músicas sempre foram chatas demais, até meio mal feitas pros padrões do K-Pop. Aí veio “Poison” e socou minha fuça com gosto. Isso aqui é fantástico! É um grupo de K-Pop fazendo metal espadinha de maneira super desavergonhada. O solo virtuoso de guitarra no final!!! Tomara que sigam nesse nível daqui em diante e façam concorrência ao Dreamcatcher, pois quanto mais grupos de “aegyo-metal” surgirem, melhor!
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30 já foram, falta 70. Surpresas com essa parte?
Ia dizer que Like Water morreu cedo, mas como o álbum tem When This Rain Stops, eu confio que ainda vai aparecer mais para frente (WTRS = melhor balada de 2021 disparado). Gostei muito do solo da Wendy, uma pena que o álbum trouxe pouca diversidade musical entre si.
Beam Beam antes do top 50??????? Em choque. Ouvi tanto que pegaria um top 20 fácil comigo. Soyeon entregou tudo nesse solo.
Espero que The Feels do Twice emplaque uma posição melhor, e o solo da Yuqi também.
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Nossa, teve as do Pink Fantasy esse ano, eu deletei o grupo, sabia de Poison, mas elas foram cortadas antes mesmo de ter um TOP 120 hahahahah
Ainda prefiro Fantasy delas, btw
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HHAHAHAHAHAHAHAHA você foi mais reveluv do que eu agora… quem diria?
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E aliás… cresceu um terceiro olho aqui com Scientist vindo parar alto assim (merecia o #290)
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até agora não entendi a implicância de vcs com scientist lol
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Eu achei o que esse devia ser o top 100-86, combina mais. Tira a wendinha dai.
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