Chegamos na terceira parte desse ENORME listão (eu esqueço o quanto esses rankings são demorados), trazendo mais uma porção dos maiores e melhores e mais gostosos bops desse maldito ano de 2021. Sem muita enrolação na introdução dessa vez, vamos lá…
70. NIGHT TEMPO, BONNIE PINK – WONDERLAND
Tinha literalmente QUINZE ANOS que eu não me interessava por uma música gravada pela Bonnie Pink, que foi uma grande cantora de J-Pop pros otakus lá dos anos 2000, mas não chegou a soltar nada realmente interessante com a mudança da década. Mas cá está ela ao lado de um produtor de citypop aí com uma dessas misturas do synthpop de tempos passados e house glamuroso para rebolar em algum ball dos anos 90. Bem que mais j-divas de antigamente poderiam ser resgatadas dessa forma. Adoraria ouvir algo assim da Anna Tsuchiya, da Mika Nakashima ou da Tomoko Kawase, por exemplo.
69. WJSN THE BLACK – KISS YOUR LIPS
O debut do WJSN The Black me pareceu atrasado uns 3 anos na timeline do K-Pop, mas que bom que a Starship colocou algumas das gostosas (e a Seola) pra formar um line-up de bad girls do sexy concept, antes tarde do que nunca (até porque, ano que vem deve rolar o disband, então devia ser a última oportunidade MESMO). Do single eu falo beeeem mais para frente, mas a b-side também foi sensacional. “Kiss Your Lips” é tipo uma faixa que caiu do caminhão do (falecido?) KARD, naquela onda dancehall que quase ninguém mais segue, então soa como original hoje em dia. O refrão com elas dizendo o título e aí entrando o batidão requebrativo é delicinha demais.
68. AKMU, SAM KIM – EVEREST
AKMU cresceu. Devem ter perdido a virgindade, levado um toco, ter tido o coração partido. Ou o moleque lá deve ter sofrido enquanto servia ao exército, vai saber. Mas as músicas deles esse ano foram muito melhores do que o popzinho fofo e ilibado que eles fizeram durante todo esse tempo. “Everest”, por exemplo, mesmo sendo naquela fórmula que começa acústica e pretende evocar uma grandiosidade ao final, soa bem mais simpática aos ouvidos do que outras tentativas parecidas no K-Pop. Talvez por ela ser um tiquinho mais soturna que o geral em vez de 100% vibrante. Sonzaço!
67. BUGABOO – BUGABOO
Num oceano de debuts recentes de girlgroups que parecem ter usado o mesmo template visual e sonoro do ITZY em “Mafia In The Morning” (eca), o bugAboo, com seu single “bugAboo”, cuja faixa de trabalho foi “bugAboo”, saiu na frente como uma das estreias mais legais desse ano aqui em casa. O instrumental pop/funk frenético é cativante ao extremo, as mudanças bocós nele são super divertidas e o refrão fechando com os “bugAboo bugAboo bugAboo bugAboo bugAboo heeeeeeeey” é mó barato. É isso, caras: o mais importante na equação é a música ser boa, não seguir modinhas que envelhecerão igual leite em cima da pia. Ser atemporal é a chave para o sucesso a longo prazo.
66. GENIE HIGH – TAKKYU MONKEY
Eu gosto muito do timbre da vocalista do Genie High. Ela soa como um personagem rouco de anime, e isso combinado aos bons instrumentais da banda faz de músicas como “Takkyu Monkey” trecos matadores em minhas audições diárias. Porque é tipo ouvir uma música que estaria em casa como OST de um anime shounen de ação qualquer, só que, justamente, interpretada por um personagem desse anime. “Takkyu Monkey” é uma das melhores do grupo esse ano, pois ela transmite uma energia despojada que me lembra sei lá quantas animesongs que ouvia na adolescência. E contra a nostalgia que sinto dessa época é impossível lutar.
65. BRAVE GIRLS – FEVER
Melhor música do Brave Girls esse ano, de longe! Curiosamente, ela não foi produzida pelo Brave Brothers, mas sim por um produtor aí chamado Maboos, que já colabora com o Brave Brothers e com o grupo há algum tempo, em parceria com a Minyoung-gostosona-com-cara-de-má. “Fever” evoca uma aura sacana, malandrona, muito legal de se deixar levar. A letra é sensual pra caramba, com elas falando que querem foder bêbadas a noite inteira, o que se reflete na interpretação vocal mais sapeca que elas colocam. Me lembra a ambientação de “Boogie Nights”, do Paul-Thomas Anderson. Podia ter sido single, podia ter recebido MV.
64. KYARY PAMYU PAMYU – CANDY RACER
Durante muito tempo, nós fãs velhos de J-Pop permanecemos emputecidos com o Yasutaka Nakata, pois ele entrou numa de seguir umas modinhas bocós, como aquele EDM-grass do Avicii, que se dataram rápido demais e ele insistia em repetir com seus acts em vez de mantê-los avant garte como sempre. Felizmente, o velhote tomou vergonha na fuça e voltou a se esforçar de verdade esse ano, trazendo trecos realmente ótimos para todas as suas protegidas. Nessa, uma das músicas mais legais da Kyary esse ano foi “Candy Racer”, uma viagem de drogas techno que combina demais com a evolução de imagem que ela vem buscando nos últimos anos. E enfim as coisas começam a se normalizar.
63. AINA THE END – ROMANCE NO CHI
Ainda no J-Pop de garotas esquisitas, a minha namorada AINA The END (não contem para a Hyoyeon, pois ela é muito ciumenta e eu sou um esquerdista de “espírito livre”, rs), japonesa mais gostosa da atualidade, continua com uma carreira solo muito legal em paralelo ao BiSH. Rolaram vários lançamentos esse ano, mas o treco que mais me destruiu foi “Romance no Chi”, que é dramática ao extremo, quase como um canto apocalíptico que fica ainda mais sensacional no vocal torto dela. A guitarra enlouquecendo lá por dois minutos e meio é como um socão no estômago. Na real, a música toda bate bem forte, é uma das mais intensas do J-Pop em todo o ano.
62. CHUNG HA – X
Eu acho legal que a Chung Ha se entendeu como uma “diva do pop” durante seu primeiro álbum. Digo isso inclusive pela maneira como ele foi trabalhado, tal como grandes cantoras do J-Pop fariam anos atrás, jogando single atrás de single e fechando a era num compiladão com mais algumas inéditas. E tal como divas japonesas, ela também inseriu uma balada rockish emotiva no meio, inclusive com um MV cafonão. “X” foi a minha predileta da Chung Ha nesse ano, além de ter sido a mais inusitada vinda dela. Tomara que nos próximos comebacks sempre rolem números sentimentais com mais punch assim, pois a Chung Ha casa muito bem com essa pagada.
61. SEVENTEEN – READY TO LOVE
Uma aleatoriedade: ao que parece, esse comeback do Seventeen não é tão curtido pelos fãs. Vi comentários sobre a música ser simples demais, sobre o MV ser meio pobre e sobre a própria gravadora não ter divulgado muito. Que a Pledis/Hybe não promoveu o tanto quanto queriam eu até acredito (pois Pledis/Hybe), mas que vergonha de vocês, fãs do Seventeen que não sei se têm um nome, não aclamando “Ready to Love” como um dos maiores bops do grupo em todos os tempos. O MV urbano é lindão, com aquela cena deles rebolando na chuva me remetendo a marcos como esse e esse, e a música em si é a grande farofa que todo mundo deveria a soltar umas duas ou três vezes por ano, pois sempre é bastante efetiva.
60. TWICE – ALCOHOL-FREE
“Alcohol-Free” não é bem o que eu esperava de um primeiro comeback do Twice pós o mega jam que foi “I Can’t Stop Me”, onde elas enfim tinha ido pro retrô que é a marca do velhote lá. Mas que bom que rolou essa surpresa, pois isso aqui embalou muito meus domingões tomando sol na laje usando biquíni de fita com um churrascão ali do lado. Twice rainhas do pagode. O Exaltasamba, Morenos, Soweto e Só Pra Contrariar inclusive avisaram que irão voltar depois que ouviram isso aqui, tamanho foi o impacto. Foi a que mais curti delas nesse ano. E certamente será um marco dentro da discografia do grupo por quão diferente ela é do resto.
59. ATARASHII GAKKO! – PINEAPPLE KRYPTONITE
A 88rising tem umas escolhas… curiosas de artistas para promover internacionalmente. “Pineapple Kryptonite” foi um dos bagulhos mais fumados (aos ouvidos e aos olhos) de todo esse ano. E eu genuinamente VIVO por birutices assim vindas do Japão! Pelo amor de deus as quatro toscas vestidas de colegiais deitando o alienígena na porrada no meio do deserto enquanto toca um trance merdavilhoso com elas sussurrando no refrão. Icônicas demais! E o videoclipe tokusatsu zoado pra caralho? Eu juro que até hoje não entendi se ele foi feito a sério, de propósito, ou se algo deu muito errado e aí DEU MUITO CERTO. Ooh, o J-Pop! ❤
58. IU – LILAC
Uma galera do K-Pop e do J-Pop continua investindo na moda citypop (amém, Mariya Takeuchi!) e de uma porção de hinos nessa linha que saíram ao longo do ano, “Lilac” foi um dos meus favoritos. Essa música me soa mais como uma adaptação dos signos sonoros do gênero mesclados com afinações atuais do que como um revival em si, mas a sensação viajada é a mesma. Ela me desperta uma porção de sentimentos agradáveis, indo de calma até energia e esperança num futuro melhor (hahaha, só em sonho). Aí vem a IU cantando de forma suspirada, o MV no trem, o saxofonista toscão no final, as meninas cuspindo papel picado putaças e por aí vai.
57. STAYC – ASAP
Essa aqui é tão catita! ❤ O Stayc aqui provou que é plenamente viável executar um “cute concept” bonitnho sem se deixar levar muito pela infantilização do aegyo. “ASAP” é uma gracinha, daquelas músicas que parecem um algodão doce sonorno, como se abrissem um barril de jujubas e jogassem elas na minha cara, tipo um unicórnio cagando arco-íris enquanto dá risadinhas. Só que, ao mesmo tempo, ela é toda bem “cool”, com um drop rebolativo para elas irem até o chão na segunda parte do refrão, uma parte de rap mais grave e muito mais. Que bom que viralizou, que bom que se tornou a música assinatura delas e mais bops assim poderão vir daqui em diante.
56. AESPA – SAVAGE
Devo dizer que eu estou CAGANDO para vocês aí que jogaram os aparelhos que estão usando para ler essa lista pro alto ao verem “Savage” por aqui. Essa porcaria é divertida demais e eu devo ter ouvido ela mais vezes do que a minha otorrino recomendaria. Eu perco tudo já no começo, com uma delas debochando da nossa cara nos “ai meu deus, você não sabia que eu sou uma SELVAGEM???”, e aí me deixo levar sem medo pelo bate-panela que é esse instrumental. O refrão é uma palhaçada maravilhosa, a bridge mais sentimental com elas encontrando a naevis é hilária e o final com elas se esgoelando como se não houvesse amanhã é a cereja do bolo. Todo o meu amor para esse grupo de nove mulheres bem-sucedidas que é o aespa.
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Até amanhã. ;*
Um detalhe de Savage que as meninas não conseguem pronunciar direito em alguns momentos, aí parece que falam Sad Bitch, e dá uma outra conotação pra letra que fica engraçada hahaha
Só espero que ano que vem os rookies agraciem a blogosfera ano que vem de uma forma padrão, pq esse ano cada um adotou um grupo e seguimos em frente hahaha
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Nossa . AINA THE END eu conheci por sua causa e sinceramente eu vivi por essa musica durante semanas e semanas, eu me sentia uma japonesa perigotica de shibuya pronta pra fazer aquele pacto esperto!
IU e Twice realmente tiveram um bom ano então nem surpreende elas entrarem no TOP, X da Chunga Ha melhor baladão do kpop facil, mas pensei que ela estaria mais alto dentro do TOP.
Agora Savage nem vou comentar…
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Poxa, Lilac é a melhor coisa que a IU lançou em anos, vai…
Winter, filha do Bolson*ro que aparece a cada 5s no clipe de Savage segurando uma arma = tosquice mais legal do ano. Eu tinha esquecido o quão tosca é a bridge porque não ouvia prestando atenção na letra ou vendo o MV kkkkkkkk
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Uma do meu top dez rodou aqui, kkkkkkkkkk, animada para os proximos.
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Meu top2 rodando aqui tão cedo mds
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Lilac morrer cedo eu até entendo, massss MORRER ANTES DE DE SAVAGE É SACANAGEM
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