TOP 100 | As melhores músicas do asian pop em 2022 [85-71]

Dando continuidade a esse ranking, vamos para mais um corte contendo vários grandes bops esplendorosos e inesquecíveis do ano de 2022. Essa segunda leva contém muitas músicas maravilhosas que, em algum momento dos últimos meses, fizeram muito a minha cabeça, foram enormes vícios e por aí vai (inclusive, uma da rabeira do ano passado que considerei para esse).

Bora lá conferir mais uma porção de faixas que são melhores que “Hype Boy”, do NewJeans…

85. ROCKET PUNCH – FLASH

Não sei se pela morte do Lovelyz ou por terem percebido que passariam incólumes pelo público caso não mudassem nunca, mas o Rocket Punch deu um up nas produções de suas músicas esse ano. Deixaram os timbres mais agudos (insuportáveis, em minha opinião) de lado, apostando em interpretações mais graves e elegantes em seus novos singles. O melhor deles vem bem mais lá pra cima, mas “Flash” é uma graça também. É bem o tipo de coisa que o GWSN soltaria. Inclusive, saudades GWSN. O instrumental house “místico” é excelente, o refrão é cativante, os “light, signal, action” depois dele são grudentos. Grande ano pras pirralhas da Woollim.

84. LE SSERAFIM – THE GREAT MERMAID

LE SSERAFIM! ❤ A Source/HYBE mirou lá no alto e acertou em cheio com esse debut. O line-up de integrantes é ótimo (até a outra lá demitida por, supostamente, ter feito bullying, e aí descobriram que não foi bem isso, mas vocês sanguinários da internet já tinham destruído a imagem dela), a title foi espetacular (outra que só vai aparecer lá em cima na lista), e o mini também trouxe uma porção de bops que não saíram das minhas playlists diárias. Caso de “The Great Mermaid”, uma esquisitice eletrônica estranhamente grave, mas com umas melodias e ganchos destruidores. É bom, pra variar, ouvir uma música sobre não precisar de macho pra nada que, de fato, replica sonoramente essa atitude mais agressiva sem soar desnecessariamente barulhenta.

83. BRAVE GIRLS – THANK YOU

Mas sabe que eu fiquei meio chateado que a Coreia do Sul soltou a mão rápido assim do Brave Girls? Porra, até nisso o exército é inútil! E o pior é que “Thank You” é uma música de agradecimento pelo sucesso mó bonita. A narrativa toda delas terem se sentido preteridas por muito tempo, mas que o “amor” chegou, mesmo que tarde, na vida delas, é colocada dum jeito bem delicado. E melancólico, já que elas usam um instrumental disco futurista que soa, ao mesmo tempo, feliz e triste. E justo nessa hora o público finge que elas nunca existiram novamente? Shame on you, Coreia, shame on you!

82. DAOKO, YOHJI IGARASHI – ESCAPE

Daoko é uma queridinha deste blog, vocês sabem disso. Sabem que eu adoro as maluquices eletrônicas que ela entrega quase que anualmente. Principalmente porque essas maluquices eletrônicas têm sempre um pézinho no pop que as deixam bastante radiofônicas e com um replay factor altíssimo. O mini-álbum que ela lançou com um DJ Yohji Igarashi é cheio desses exemplares meio estranhos, mas altamente chicletes. E das album tracks nele, a que mais ouvi foi “Escape”. Preparem-se para um refrão viajado que parece retirado de uma trilha de filme policial. Só que com drogas.

81. ATARAYO – SAD LOVE SONG

Essa é bonita demais. Não sou tanto o público desses releases mais puxados pro country (na real, não sou NADA esse público), mas essa tal de Atarayo conseguiu criar um ambiente de “quentinho no coração” muito agradável de se deixar levar nessa “Sad Love Song” aqui. A música toda carrega um aperto sobre uma separação que, aparentemente, não foi tão legal. Mas ela é cantada e tocada com uma passionalidade tão grande, que se soma ao clipe focando no casal vivendo seus melhores momentos até o final, que me faz ter a impressão de que é melhor deixar só as coisas boas na cabeça mesmo. Uma canção bem sentimental e catártica. Espero que vocês ouçam e sintam suas próprias coisas nela também. Agora, vamos para farofa…

80. EXWHYZ – OBSESSION

Eu nunca cheguei a pesquisar direito quem são essas ExWHYZ, mas tinha um tempo que não via um grupo idol com tanto fogo no olho pra entregar pancadões eletrônicos assim. Porque “Obession” parece bem empenhada em levar os ouvintes pra alguma boate clandestina esfumaçada no submundo de Shibuya ou algo assim. E eu sei que os sintetizadores mais violentos atrás podem soar meio datados hoje em dia, mas acho que esse é, justamente, parte do charme desse farofão. E levando em conta que também curti os outros trecos que essas aí soltaram ao longo do ano, sinto que temos aqui um nome bem legal para ficar de olho daqui em diante.

79. YAGI KAIRI – SELF HELP

Outra música da Kairi no top, que é outra rookie japonesa que mandou muito bem ao longo de 2022. Eu genuinamente curto quando essa galera mais nova bota um esforço maior em entregar um produto pop mais trabalhado que o geral. A faixa, por si só, já me agrada muito pelo climão mais etéreo e soturno que ela constrói, mas tudo fica ainda melhor com o videoclipe bizarro dela sendo assombrada por um fantasma de lençol dentro de um quarto com luzes perturbadoras de rave. Grande música, grande clipe, grande rookie pra se prestar atenção. E falando em rookies com faixas muitos legais…

78. HYUNA – PICASSO AND FERNANDE OLIVIER

Ansioso pela eventual nova fase da HyunA como rookie pela, sei lá, sexta, sétima vez?! Porque ela já foi uma Wonder Girl, uma 4MINUTE, aí solista, aí Trouble Maker, aí Triple H com o namorado e o vela, aí dupla só com o namorado, aí noivinha das notinhas do TV Fama. E agora, que terminou com o tosco lá, deve estrear uma nova persona: a de solteira gostosa que aproveitará isso para se reafirmar como artista! Mas enquanto essa nova fase rookie dela não chega, sigamos aproveitando o que ela ainda lançou enquanto namorava, como “Picasso and Fernande Olivier”, uma bobagenzinha que só a HyunA mesmo para trazer um pouco de credibilidade camp. Boa sorte pra vocês tentando tirar os “PI-CAS-SO” no refrão da cabeça.

77. STU48 – SURE, JAANE

Um salve aí pro leitor do Dougie que sugeriu essa aqui pra ele por e-mail ou algo assim, porque só assim mesmo pra eu ficar sabendo de “Aham, Jane”, já que zero chances de eu ir atrás de uma b-side de um single de um grupo 48 de terceiro escalão. E que bom que eu conheci “Claro, Jane” dessa forma, pois as pirralhas aí mandam muito bem nesse synthpop oitentista 101 de filme teen que todos amamos bastante. Tinha tudo para descambar numa porcaria inaudível, mas de alguma forma o STU48 conseguiu manter a calma e o resultado é uma delicinha nostálgica cintilante uma explosão de purpurina.

76. NOGIZAKA46 – ACTUALLY…

Ainda no bueiro de grupos gigantes que eu geralmente não me meto, calhou de eu ter contato com essa “Actually…”, do Nogizaka46, e ela é mais ou menos a mesma coisa da “Tá certo, Jane” acima. O plus é que ela parte pruma interpretação mais, huh, “japonesa” da coisa toda, como se ela tivesse sido feita para ser usada como tema principal de algum tokusatsu da Toei que só o Aquário Hipster teria paciência para assistir até o fim. O refrão final, com elas e o instrumental colocando um tiquinho a mais de energia, é pura magia. ❤ Uma surpresa bacana vinda de um act que eu não tinha qualquer expectativa, tal como essa outra aqui…

75. VIVIZ – BOP BOP!

Olha, eu VIVO por elas começando a música com uma sequência de gemidões do zap! “Bop Bop!” me lembra um pouco aqueles números mais elegantes do 9MUSES, como “Dolls” e “Drama”, pois ela tem uma sensualidade mais sutil em vários momentos, mas sabe as horas certas de se “descontrolar” e colocar todo mundo pra dançar num jamzão festivo. Talvez eu preferisse que elas se jogassem AINDA MAIS na sensualidade em vez de servirem um MV mais puxado pra comédia com o Doctor Who concept, mas é bobagem reclamar disso. Ótimo debut do Viviz, que trouxe coisa ainda melhor no álbum.

74. AESPA – DREAMS COME TRUE

Adição da rabeira do ano passado no top desse ano, pois não deu tempo de colocar ela no de 2021. Não morro de amores pela “Dreams Come True” original, acho a produção toda embolorada, me dá até um pouco de alergia quando ela começa a tocar. E o aespa, pra mim, deu uma nova vida à ela ao reciclar os elementos principais do instrumental new jack swing, mas numa abordagem ainda mais futurista, que casa bem até com o resto do repertório e conceito das quatro catadoras da Comlurb de kwangya. Melhor que tudo o que esse grupo de queridas da reciclagem soltou esse ano.

73. GLIM SPANKY – I DON’T NEED SIGNAL

O Glim Spanky é outro desses grupos de pop/rock com uma vocalista de voz rasgada que eu insisto em amar e vocês insistem em ignorar. E que pena pra vocês! “I Don’t Need a Signal” é uma dessas músicas onde tudo é perfeito: versos, refrão, a bridge, o solo de guitarra, a repetição do refrão lá no final com o instrumental abafado. Ideal para quem gosta de um rockzão farofa e descabelado para se sentir o cara alternativo que anda de óculos escuros de noite e sente vergonha alheia de quem fuma pendrive. De onde eu tirei essa imagem mental? Sei lá. Mas é assim que me sinto com “I Don’t Need a Signal”.

72. CAPSULE – WONDERLAND

Tentem controlar o impulso automático de cair na gargalhada ao ouvirem essa introdução cafonérrima no saxofone em “Wonderland” e guardem para cair na gargalhada com o resto da faixa, que é tão propositalmente ridícula quanto até os acordes finais. O Nakata é um ser estúpido, que sabe muito bem com o que mexe. E em “Wonderland”, ele foi a fundo no quão toscão o citypop pode ser. Contudo, por mais que tudo soe maravilhosamente caricato, não podemos negar o quão maravilhosamente envolvente essa melancolia Kenny G consegue ser. Enfim, ainda outro grande bop do Capsule nesse ano. E ainda nisso de album tracks icônicas…

71. SEULGI – LOS ANGELES

Essa aqui também é de cair o queixo. “Los Angeles” entrega toda aquela aparência tensa, imediata e de cortar a respiração que envolve todo o EP da Seulgi, mas leva ainda as coisas prum outro patamar enfiar depois do refrão um batidão EDM 2000s que ninguém poderia prever. Sempre que ouço os versos e o refrão de “Los Angeles”, me sinto confuso e perdido no meio da cidade como diz a letra da música, mas aí chega o pancadão pós-refrão e concluo que, talvez, estar perdido não seja uma coisa tão ruim assim. E nem é a melhor faixa do mini de debut da Seulgi, mas falo do outro jam logo logo.

mvsk • — aespa ☆ dreams come true m/v

Tens um sucesso para reciclarmos?

30 já foram, faltam 70. Surpresas com essa parte?

5 comentários em “TOP 100 | As melhores músicas do asian pop em 2022 [85-71]

  1. Não acredito que Los Angeles morreu tão cedo… Poxa.

    Adoro The Great Mermaid, e acho que todas as faixas do debut do LSF mereciam estar no top 100. Quero ver Sour Grapes e Blue Flame lá no alto.

    Curtido por 1 pessoa

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