TOP 100 | As melhores músicas do asian pop em 2022 [70-56]

Chegamos na terceira parte desse ENORME listão (eu esqueço o quanto esses rankings são demorados), trazendo mais uma porção dos maiores e melhores e mais gostosos bops desse cansativo ano de 2022. Sem muita enrolação na introdução dessa vez, vamos lá…

70. YOUHA – LAST DANCE

A Youha tem um tino artístico muito legal. Ela poderia muito bem só soltar umas músicas e MVs totalmente comuns dentro do K-Pop, mas ela sempre coloca um tiquinho mais de tempero a cada novo release, o que a destaca da manada de solistas flopadas atuais. “Last Dance” é boa pra caralho, com ela cantando sobre dar uma última transa inesquecível pro cara, que acaba de dizer que quer deixar ela. É sombria, sexy, meio triste, e super passional nesse sentimento de derrota vingativa. Musicalmente, ela me leva prum universo de conto de fadas, mas um conto de fadas das antigas, não os bonitinhos feitos pela Disney. E ainda tem coisa melhor no álbum.

69. MOMOLAND, NATTI NATASHA – YUMMY YUMMY LOVE

Eu até agora não sei se acho “Yummy Yummy Love” um treco ruim/bom, que vale pela piada, ou algo realmente legal. Na minha cabeça, ela fica nessa beirola entre ser toscona dum jeito involuntário ou toscona de propósito. Porque, sei lá, é um negócio muito aleatório o Momoland ter digievoluído prum grupo de gostosas que lança reggaeton com uma Anitta aí. O que sei é que eu adoro essa merda e os “are you ready for a love like this, are you ready for your first kiss” viraram versos que uso em off em situações de comemorações aleatórias. Uhul, Momoland rainhas latinas que pegam a posição 69 desse ano só pelo lulz!

68. BISH – DATSU KISEI GAINEN

Ainda outra música “de despedida” da era final do BiSH. Coloquei o “de despedida” entre aspas, porque a letra é um negócio 100% dadaísta, com uma porção de frases e palavras soltas, que não diz nada com nada e serve única e exclusivamente para acompanhar o instrumental divertidinho de desenho animado infantil e nos causar entretenimento. Eu vou sentir muita falta dessas palhaçadas do BiSH, caras. Muito difícil essa vida de quem acompanha grupos idol com data de validade (força aí pros orbits). Mas pelo menos o BiSH está servindo bastante nessa reta final (mais força aí pros orbits, que não devem ganhar nada).

67. MINSEO – SELF TRIP

Alguém mais chegou a ouvir essa? Eu adoro a estrutura “Love Cherry Motion” aqui, com os versos mais festivos e fofinhos servindo pra ela falar sobre as ansiedades, problemas geracionais e etc., e o refrão de balada gay safadão sendo utilizado pra ela dizer como vai colocar um ponto final nesses problemas. “Self Trip” é uma dessas ~músicas com mensagem~ que conseguem funcionar mesmo para quem ignora o que é dito, já que o instrumental, as melodias e tudo mais colam demais. Porém, ao dar uma olhada na letra, ela consegue ficar ainda melhor e tocar bem mais. Mais uma gatinha solista para ficarmos de olho.

66. XG – TIPPY TOES

É, no mínimo, interessante ver a avex começando a se aventurar de verdade pelo K-Pop depois de tantos anos. Isso mostra que as movimentações fonográficas da Coreia do Sul, de fato, estão fazendo barulho o suficiente para fazer com que os engravatados da ilha vizinha comecem a se mexer e produzir músicas que utilizem das estéticas sonoras e visuais que estão ganhando o mundo atualmente. Nisso, tivemos o debut do XG com “Tippy Toes”, que até pode parecer, huh, “flat” demais pros releases mais explosivos comuns ao K-Pop feminino atual, mas cola muito comigo que sou velho de guerra e curto quando rolam umas músicas mais diferentes assim.

65. H-EL-ICAL// – JUST DO IT

No começo do ano, por motivos profissionais, eu precisei assistir a um anime soft porn TERRÍVEL chamado “Shuumatsu no Harem”. Ele é um cocô, mal escrito, mal animado, mal dirigido. Geralmente esse tipo de porcaria até consegue chamar atenção dentro da cena otaco com opiniões contraditórias e tals, o que poderia gerar views pro site que eu trabalho. Mas parece que a comunidade mundial de fãs de anime chegou à conclusão de que, sim, o anime foi uma porcaria, então nem teve controvérsia nenhuma. A única coisa boa disso foi eu ter conhecido essa faixa que utilizaram como opening. Dramática pra caralho, logo, boa demais.

64. ADO – MISSING

Falando em drama, essa mina aí, que viu sua popularidade crescer exponencialmente esse ano por ter feito uma personagem no filme musical de One Piece lá que eu não assisti, trabalhou com a Sheena Ringo nessa música aqui. E “Missing” é totalmente Sheena Ringo, com um instrumental que mistura um monte de coisa pesada, uma interpretação mais esquizofrênica e por aí vai. Logo, eu adorei, porque adoro Sheena Ringo e é sempre muito legal quando a musa de direita japonesa coloca alguma rookie debaixo da asa dela. Provavelmente, a própria Sheena Ringo vai relançar isso aqui em algum momento, porque ela adora relançar as músicas que ela produz pros outros, então certamente falarei de “Missing” novamente em algum top daqui uns anos.

63. TK FROM LING TOSITE SIGURE – FIRST DEATH

Seguindo no mundinho de animesongs descabeladas (embora “Missing” não seja animesong, mas a Ado foi um ícone do mundinho de animesongs em 2022, então, né), tem esse anime atual de ENORME sucesso chamado “Chainsaw Man” que eu sigo obcecado (ainda estou decidindo se coloco ele em #2 ou #1 na lista que estou fazendo pro JBox). Rolou um investimento tão forte do estúdio que produziu ele que, para cada episódio, eles convidaram algum artista pra servir o tema de encerramento. E alguns desses aparecerão aqui a partir de agora. Começando por “First Death”, que é bem o que estamos acostumados a ouvir do TK em distorções agressivas na guitarra, um vocal ultradramático e toda aquela sensação de “final de filme de ação” que ele entrega muito bem.

62. NEWJEANS – DITTO

A ideia de bolar um MV “found footage” pra abarcar essa música esquisitaça do NewJeans é espetacular. Deixa tudo num nível de estranheza e, de certa forma, desconforto que eleva o pacote todo. E o pior é que o pacote nem precisava ser elevado, porque a música em si já é muito boa. “Ditto” NUNCA explode, parece que está sempre ali no limite, mas NUNCA estoura de verdade. É uma viagem de se ouvir, conhecendo ou não as influências utilizadas nela. De fato, o NewJeans é mesmo uma figurinha premiada nessa geração que empolga a cada novo lançamento.

61. SEULGI – ANYWHERE BUT HOME

Pra mim, a melhor do EP da Seulgi. Mas quem já conhece o meu gosto há algum tempo, isso nem deve ser surpresa. Sou louco nessas faixas de house noventista, totalmente envolvidas num bliss colorido escapista, como se estivéssemos em uma pista de dança. E ainda colocam alguns elementos de funk na faixa, dão mais evidência à guitarra e ao baixo, tudo fica gordo e imersivo. Há algo na Seulgi pedindo pra levar ela pra qualquer lugar, menos para casa, que bate forte em qualquer um que está tentando viver um novo amor. De longe, a melhor coisa envolvendo o Red Velvet esse ano.

60. TRIPLES – GENERATION

MELHOR VIDEOCLIPE COREANO

A gente pode falar o que for do Jaden, mas que esse tosco consegue elaborar coisas legais e fora da caixinha para girlgroups, ele consegue. Ainda que essas ideias, basicamente, tenha sido feitas meses antes pelo NewJeans, mas aí deve ser coisa de timing mesmo. “Generation” é uma música muito legal, e uma música que foge um pouco das expectativas. A estrutura dela é meio cíclica, repetitiva, gira ao redor de si mesma, mas sempre adicionando novos elementos, ficando maior e maior a cada nova sessão. A única coisa que me irrita um pouco nela (e me fez matar ela antes mesmo da primeira metade do top) é que, por ela ser TÃO CURTA, parece que falta um grand finale, sabe? Tivesse ainda mais outra sessão, ainda mais recheada de elementos, pegaria fácil um top 10. Btw, adoro esse videoclipe com elas sendo jovens toscas que ficam fazendo TikTok e importunando adultos. Junto com o de “Smiley”, da Yena (que ficou na peneira e não aparecerá no ranking), foi o meu predileto do ano no K-Pop.

59. ANO – CHU, TAYOUSEI

De volta pro mundinho-chainsaw-man de grandes bops, outro grande jam utilizado como ending em um dos episódios do anime foi esse aqui, da Ano (que não é a Ado de mais acima, e nem é a AKO, que aparecerá mais para frente, atenção). Tenho certeza que o vocal de gás hélio dela irá incomodar vocês, mas pra mim ele é parte do que torna “Chu, Tayousei” uma grande bobagem hilária e extremamente cativante. Tentem não levar isso aqui tão a sério (o final do clipe é ela VOMITANDO na câmera, pelo amor de deus) e vocês descobrirão a joia que são esses números weirdos 100% feitos pelo entretenimento japoneses.

58. HAZE – GYALGAL

Lembram do que falei do Glim Spanky na parte anterior, sobre grupos cuja vocalista tem um timbre mais rasgado? Então, multipliquem isso por quatro e chegamos ao Haze, onde todas as integrantes capricham nesse estilo mais irônico e “fumei um maço de malboro” de cantar. De novo, deve irritar quem só ouve os vocais mais limpinhos do K-Pop, mas funciona bastante dentro da proposta que elas trazem. O refrão “reclamão” é tão ridículo quanto divertido e grudento. Muito bom gostar de J-Pop, caras. Venha já para esse mundo! Enfim, podem parar de revirar os olhos que já estou voltando a falar de coreanas…

57. TAEYEON – INVU

Eu não esperaria que a ida para kwangya da Taeyeon fosse gerar uma música tão, na falta de uma definição melhor, “atmosférica” quanto “INVU”. Tem alguma coisa de The Weeknd nesse instrumental e nessas melodias, principalmente no refrão, quando ela vai mais pro synthpop oitentista. Ainda outra grande música para o repertório da Taeyeon. Acho que ficar dando justificativa pro porquê dela estar sendo cortada agora é algo meio bobo, mas sinto que ouvi ela tanto esse ano que, em algum momento, enjoei um pouco, enquanto outras que também saíram nos primeiros meses de 2022 (incluindo uma da própria Taeyeon) ainda são mais frescas e com replay factor mais alto mesmo depois de tanto tempo.

56. TRUE – HAPPY ENCOUNT

MAIS ANIMESONG, POIS SOU UM OTACO FEDIDO! Tem esse anime super fofinho chamado “In The Land of Leadale” em que a protagonista, que estava em coma ou algo assim, é transportada pro mundo do jogo que ela estava conectada no hospital futurista lá. É um mundo de fantasia medieval em que ela tem muitos poderes e aproveita, nele, a vida que ela não pode ter em sua própria realidade. E “Happy Encound” expressa sonoramente muito bem essa sensação de recomeço, de nova chance, de ter encontrado o seu lugar e, a partir daí, pode viver do melhor jeito que lhe é permitido. Um hininho “good vibes”! ❤

TAEYEON 태연 'INVU' MV GIF by Autumn | Gfycat

Até a próxima. Não me matem por desovar “INVU” cedo assim. ;*

15 comentários em “TOP 100 | As melhores músicas do asian pop em 2022 [70-56]

  1. Em 5 anos acompanhando blogs eu até hoje não consegui achar sentido no seu conceito de “eu amo duas músicas, mas elas me causam sentimentos parecidos, então vou deixar a fulana de fora do TOP100 porque sim” tipo o que aconteceu aqui com Generation e Smiley… hahahha

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  2. Não mas Ditto rapando um mísero top 60 aqui foi de doer (não paro de reclamar do seu gosto!!!)… Anywhere but home DEFINITIVAMENTE a melhor coisa que o red velvet desovou esse ano, realmente. E engraçado, eu AMO Ling Tosite Sigure, mas quando é só o TK cantando eu não vejo muita graça. Talvez seja algo na estrutura das músicas solo dele que diferem do som da banda (ainda que não tenha muita diferença assim…), talvez seja a falta daquela mina pra servir de segunda voz. Enfim, não pega comigo. Mas ansiosa por uma música nova da banda juntinha.

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  3. INVU já faleceu???? Em choque.

    Tudo que eu gosto ficando para trás, estou ficando sem opções.

    Para mim Chainsaw Man só não é o melhor anime da temporada porque tem A NOVA TEMPORADA DE ❤ BLEACH ❤ PASSANDO. A cada episódio dá vontade de ter 13-14 anos de novo e estragar minha vida de outro jeito. Ouvi demais a OST de Bleach enquanto jogava mmorpg na época.

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  4. Curioso Generation ser o MV do ano. Tipo, a musica é realmente bem gostosinha e tem uma vibe super confortável, mas acho esteticamente INVU mais bonito. Pode ser nada inovador, mas Generation também não foi. A Taeyeon nunca esteve tão bonita (e artificial).

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