TOP 100 | As melhores músicas do asian pop em 2022 [25-11]

Penúltimo dia do ano, penúltima parte desse ranking. O que quer dizer que, hoje, rola aquele clichê de listas de melhores do ano da blogosfera fundo de quintal, onde são várias e várias as gemas intocáveis, lacradoras, fadas de cristal, donas de nossos furicos, destruidoras de nações inteiras e salvadoras do pop, mas que, por pura subjetividade desse belo rapaz que vos escreve, acabaram ficando fora das 10 mais de 2022 de acordo com esse blágh.

Uma porção de fan favorites rodam abaixo. Será que a sua SOTY aparece aqui? É clicar e conferir…

25. WEDNESDAY CAMPANELLA – MANEKI NEKO

Nhá, essa aqui tão fofinha! ❤ Eu já estou boladão aqui que essa parte vai ser recheada de músicas que eu ouvi MUITO durante o ano e realmente poderiam estar no top 10, mas enfim, vida que segue. E, sério, eu ouvi MUITO “Maneki Neko”. Inclusive, quando ela saiu, eu tinha aula de conversação em japonês na faculdade com uma professora japonesa, aí um tópico de uma aula era, justamente, essas estátuas de gato da sorte, aí eu coloquei a música pra sensei e comecei a imitar a Utaha-chan no clipe. É exatamente esse o tipo de confusão mental que o Wednesday Campanella é capaz de causar nesse blogueiro. Miau! ❤

24. LE SSERAFIM – ANTIFRAGILE

Outra que eu maquinei aqui se devia estar mais acima ou não. Vai ser muito sofrimento daqui em diante, caras. O que eu adoro em “Antifragile” é que as sserafinas pareciam muito empolgadas com o “Motomami”, aí meteram não só uma música que parece algo que a Rosalia lançaria, mas dão uma carregada no sotaque em inglês pra soarem como ela. É a grande invertida da apropriação cultural, se apropriando de quem se apropria. Risos. E pra finalizar, fazem um MV com motos e todo aquele clima “somos gostosas perigosas no fim do mundo”. E nem o fim do mundo acaba com elas! Viva ao K-Pop de grandes gostosas, viva ao LE SSERAFIM!

23. KARA – WHEN I MOVE

Outra que é muito, muito, muito boa. Muitos grupos de renome da era de ouro do K-Pop fizeram comeback esse ano, mas nada se comparou ao do KARA. Pois o KARA sabe no que é bom e sabe o que que o público do grupo amava enquanto elas estavam em atividade. Nessa, “When I Move” simplesmente soa como se fosse uma evolução natural dos números que elas soltavam em parceria com o Sweetune na década passada. É dramática, intensa, atmosférica, cintilante, eufórica, sexy, catártica. E tocante. Podia ser só um lançamento comemorativo, mas foi uma das grandes músicas do ano.

22. BIBI – THE WEEKEND

A outra música da rabeira de 2021 a aparecer aqui junto com “Dreams Come True”. “The Weekend” é o melhor troço da BIBI em todos os tempos. Ela encapsula bem o estilo “sou uma gatinha hipster que gosta de fazer uns R&Bs modernos com foco global em vez do K-Pop” dela. E nessa linha aí, a BIBI é a minha favorita da cena atual. “The Weekend” um grande hino que descreve bem a chatice que é ter um relacionamento atual, já que boa parte dessa geração não quer nada muito sério, e depois reclama, exatamente, que não consegue ter nada sério com ninguém. Se decidam! (Esse parágrafo pode ou não ter sido um desabafo a respeito da vida privada desse blogueiro.)

21. VIVIZ – TWEET TWEET

Não sei se expressei adequadamente o quanto curti o mini do Viviz ao longo do ano (provavelmente não, já que quase nem postei nada, risos), mas ele é muito legal. E a melhor track dele é essa, onde elas se jogam de vez do sexy concept. Mas é um sexy concept elegantão e meio hipster, com uns elementos eletrônicos que deixariam DJs alternativos molhados. Eu ganho vida (ou morro, sei lá) lá por dois minutos, quando chega a bridge, o instrumental começa a enlouquecer, uma das gatinhas solta uns gritos e, daí em diante, é descontrole total até o fim. Top 3 album tracks do ano. A próxima vem ainda nesse post e a melhor de todas aparecerá só no pódio.

20. IVE – AFTER LIKE

“I Will Survive” é uma das músicas mais importantes da história de dentro das nossas letras. E embora não fosse esse o intuito inicial, pela letra icônica sobre sobreviver a algo difícil, por ser um disco animado e catártico para se livrar dos problemas na pista de dança, e pelo contexto histórico, a faixa se tornou um hino. E o IVE prestou uma homenagem muito boa em “After LIKE”, construindo um disco tão animado e tão catártico quanto. Só que falando de um problema dessa geração: o que que rola depois dos likes? Pode parecer um tema bobão em comparação (e é), mas a música é linda, o refrão é confete puro, quando entra o sample de “I Will Survive” meu coração se enche de energia, e a parte final no MV só com a silhueta de uma delas ofuscada pelas cores do arco-íris é arte pura. Outra música 10/10 desse ano. E ainda tem mais nove pra morrer só nesse post, que deus tenha misericórdia desse blog.

19. KWON EUNBI – CROQUIS

Falando em viadagem: “Croquis”! ❤ Isso aqui é uma irmã AINDA MAIS BOIOLA de “Glitch” (calma que já chego nela), se é que isso é possível. “Croquis” consegue não entediar em momento algum, mesmo seguindo num mesmo clima ao longo de toda sua duração. Ela serve tudo sem qualquer outro compromisso que não seja fazer com que nos sintamos em um ballroom dos anos 90. É garage house cintilante e hedonista da maior qualidade, que dá vontade de voguear, bater o cabelo, fechar os olhos e se sentir numa pista de dança com fumaça e luzes coloridas. Fico todo bobo no finalzinho, com os “and I hope you like it very much” etc.

18. DAOKO, YOHJI IGARASHI – MAD

Isso aqui é o puro suco da doença mental. Provavelmente, tive partes de meu cérebro derretidas pelo tanto de contato que tive com esse troço. A Daoko é completamente surtada e eu acho sensacional o quão criativa ela é em nos expressar essa falta de parafusos. A maluquice da vez é colocar um idoso pra fritar de bala numa festa em um muquifo podre onde todos os convidados seguram copos vazios apenas porque sim. E nessa, ela serviu ainda outro grande pancadão para bater ponto em tops aqui do blog. “Mad” é exatamente o que diz no título: uma doideira sonora feita para nos jogarmos como se estivéssemos sob efeitos de drogas. Por mim, tudo ótimo!

17. IRI – FRIENDS

Vocês sabem que eu sou pirado nesses garage houses noventistas, então vamos com mais um aqui (e a próxima também vai nessa linha). Eu… não sei quem é essa gostosa japonesa aí com cara de quem me daria umas porradas e roubaria meu cartão de crédito, mas sigo encantado por esse pancadão podre dela. O instrumental é mó grave, afiado, dá a impressão de que tá batendo com força no peito. E tudo fica melhor com as alternâncias dela entre o rap e a voz cantada. “Friends” é um dos grandes jotapopes desse finzinho de ano. Se ainda não tiverem ouvido, escutem. Já essa aqui eu sei que vocês ouviram bastante…

16. KEP1ER – MVSK

Tenho trocentas questões com o Kep1er e pá, mas a maior delas é: por que diabos não usaram isso aqui como debut single em vez de “Mer Da Da”? Lá no comecinho do ano, não tinham tantos grupos com uma “atitude bucetinha” igual elas mostraram aqui. Que bola fora, MNET! “MVSK” é uma música perfeita em si. Por incrível que pareça, o Kep1er fez a lição de casa direitinho nas referências e entregou vogue, carões e visuais nessa b-side house boiolíssima como deus gosta. Foi a segunda música mais repetida por mim no Spotify esse ano (perdeu só para “Break My Soul”, da Beyoncé). Um megabop do que poderia ser um megagrupo.

15. TWICE – TALK THAT TALK

“Talk That Talk” me dá a mesma sensação “feliz porém melancólica” de “Feel Special”. O instrumental é extremamente colorido, animado, como se uma bomba de purpurina estivesse explodindo na minha cara, mas algo no jeito como elas cantam, na letra, nas melodias (principalmente do refrão) levam minha cabeça prum lado super sentimental. Eu sei que isso aqui passa longe de ser um dos grandes destaques da carreira do Twice nos charts, e eu sei que, no fundo, é uma canção um tiquinho derivativa de ideias que elas já apresentaram melhor antes, mas calha de música (arte, num geral) ser algo que afeta cada um de uma maneira. E “Talk That Talk” é daquelas músicas que, sempre que começam a tocar, me abrem um sorrisão bobo na cara e melhoram o meu dia imediatamente. Talvez por me lembrar uma música ainda melhor? Pode ser! Mas a vida é assim! Então, vamos lá, todo mundo, TELL ME WHAAAAT YOOOOUUU WAAAAANT, TELL ME WHAAAAT YOOOU NEEEED, A TO Z SEI O QUE SEI O QUE LÁAAAA…

14. SUNYE – JUST A DANCER

Acho que todos podemos concordar que essa foi a maior surpresa do ano, não? Digo, pelo menos entre os velhos de guerra do K-Pop. A Soninha meteu o pé do Wonder Girls ainda no auge do grupo para ser uma musa do lar e do recato. Mas aí, depois de participar de um programa sobre “mães idols” (céus, as emissoras coreanas precisam de limites, haha), a chama no olho da gata se reacendeu e ela não só soltou uma baladinha bonita (que eu gosto, por sinal), mas veio com esse banger taeminzístico (provavelmente engavetado do Loona, mesmos produtores, mesma gravadora) que me DESTRUIU. Tomara que o fato dela estar assinada com a BlockBerryCreative não seja um indicativo de que o futuro dela será igual ao de Kim Lip e as outras, porque quero mais comebacks e, se Uhm Jung Hwa permitir, uma possível reunião com Yenny, Yubin e as outras em algum momento.

🤘 MARAVILHOSA SEQUÊNCIA DE GATINHAS NO ROCK’N’ROLL 🤘

13. CHANMINA – MIRROR

E a aventura da Chanmina como uma roqueira pelo K-Pop rendeu o que é a minha música predileta dela até então. “Mirror” é tipo metanfetamina, caras. Minha serotonina aumenta na hora que ela começa a tocar. Essa melodia gruda e não sai mais da cabeça. Ela encarnou o ie-ie-ie dos Beatles com uma letra desavergonhadamente adolescente sobre término e o resultado é pura glória. Eu juro pra vocês que aquela parte lá, “você se lembra quando eu chorei / lembra quando me fez sorrir / agora eu me odeio tanto” é um bagulho que bate TANTO pra quem terminou um relacionamento recentemente. Dá vontade de sair gritando dum jeito descabelado pela casa igual ela faz. Música! ❤

12. BILLLIE – RING MA BELL

Não dá, bicho, NÃO DÁ! Não acredito que “RING ma Bell” tá morrendo assim na praia no meu próprio top. Vocês têm noção do quanto que eu escutei isso aqui ao longo do ano? “RING ma Bell” é uma das músicas mais espetaculares de 2022. Tudo o que é necessário para um número pop/rock excelente tá aqui. E as Billlies ainda servem demais caprichando na atitude debochada, despretensiosa, até meio desgarrada e desleixada dessas bad girls dos anos 90 (olá, Gwen Stefani, olá, Shirley Manson). E pra estragar mais a cabeça, na parte final, “RING ma Bell” LITERALEMENTE vira um heavy metal, com a guitarra rasgando solta atrás. Vai todo mundo tomar no cu, isso aqui não precisava ser bom ASSIM!

11. (G)I-DLE – TOMBOY

O (G)I-DLE passou por um momento esquisito em sua trajetória após a Cube, que tem um péssimo histórico em lidar com problemas do tipo, chutar uma das integrantes por acusações de bullying, numa história nebulosa onde as pessoas preferiram se inflamar demais em vez de lidar com seriedade. Nessa, eu jurei que Soyeon e as outras morreriam na praia para que investissem no LIGHTSUM. O que ninguém contava é que Soyeon é uma puta compositora e produtora, e deu ao, agora, novo grupo seu provável maior sucesso e música assinatura daqui em diante. “Tomboy” é o arquétipo da menina má do K-Pop in a nutshell. Bebe direto da estética de grupos como 2NE1 e, óbvio, 4MINUTE, e mostra que pop/rock feito por garotas sempre pode chegar a um novo nível. Chega a parte lá dos “It’s neither man nor woma-a-a-a-an, man no woma-a-an” e dá mó vontade de subir num carro e começar a bater o cabelo enquanto um prédio pega fogo atrás de mim ou algo assim. Quem disse que o rock na grande mídia está morto mesmo? Essa galera só não está ouvindo dos lugares certos. Ele agora é feito por garotas coreanas e o público, e as emissoras de TV e de rádio estão amando.

Gidle Tomboy Tomboy GIF - Gidle Tomboy Tomboy Kpop - Discover & Share GIFs

It is what it is, crianças e saudosos da pangeia. Agora, só restam as 10 mais. Chutem aí o que vai aparecer.

Elusivos spoilers: o top 10 é composto por 5 faixas coreanas, 4 japonesas e 1 chinesa. Do K-Pop, temos três girlgroups, sendo que dois deles são de ex-IZ*ONAs e o outro teve o debut do ano, as outras duas são faixas de solistas gostosas, sendo um single e uma album track que vocês nem devem imaginar qual; do J-Pop, temos duas músicas do mesmo trio de hipsters, a animesong do ano e uma colaboração entre um DJ velhote da avex e ainda outra gostosa; por fim, do MandoPop, quem aparece é… ah, vocês sabem quem vai ser! Quem acertar tudo ganha uma sobremesa.

Nos vemos na véspera de ano novo. Inté! \o

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9 comentários em “TOP 100 | As melhores músicas do asian pop em 2022 [25-11]

  1. do kpop deve ser le sserafim (não sei se fearless ou uma album track), ive – love dive e newjeans – attention + eunbi – glitch e essa outra album track não faço ideia
    jpop são duas do wednesday campanella e algum troço do mondo grosso, a anisong não sei pq não acompanhei nada esse ano
    mandopop é a lexie liu, provavelmente magician

    pode enviar um chiclete aqui pra pirituba

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  2. os dois albuns da eunbi são maravilhoso mesmo, a capa do color é coisa de outro mundo.. (da youha tb é pfto, terminou o ano como meu favorito, mas eu comento proximo post :v)

    Curtido por 1 pessoa

  3. Acho Antifragile melhor que Fearless, mas morreu cedo né, RIP. Espero Love Dive no top 10.

    Tomboy só é audível se a gente cortar o rap do segundo verso da Soyeon. #paz

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