Eu que sou um velho de guerra nisso de acompanhar o K-Pop (desde 2010 nesse bueiro) pude acompanhar uma porção de “fases” que o nicho passou ao longo da última década.
É interessante, por exemplo, comparar o que era uma tentativa de acontecer “globalmente” com um single e promoções em inglês entre o final dos anos 2000 e o início dos 10s, onde acts da big3 como BoA, Wonder Girls, Girls’ Generation e 2NE1 se arriscavam fora da Ásia e eram vistos como algo curioso, exótico e MUITO nichado pelo público, com o que é o K-Pop atualmente.
O K-Pop atualmente conseguiu romper algumas barreiras idiomáticas por conta da expansão da internet e fazer com que seus acts conquistassem sucesso, justamente, por serem artistas coreanos fazendo música em coreano. Hoje, é “algo” gostar de música coreana. Ainda é um nicho, claro, mas um nicho bem maior do que, só pra ficar num outro exemplo do qual faço parte, o de otaquinhos que gostam de trecos japoneses.
Mas ainda há o mito de “acontecer nos EUA”, tentar atingir um público ianque maior e pipipi popopo. Para isso, é preciso estar nas rádios de lá. E é bem mais difícil tocar em rádios estadunidenses de grande alcance se as músicas não forem no idioma deles.
O maior nome masculino do K-Pop atual, BTS, conseguiu seus maiores sucessos nos EUA, justamente, se adequando à língua local. E como o velho do J. Y. Park não é burro, é claro que ele faria o maior nome feminino do K-Pop atual, Twice, tentar uma fatia dessa nova onda hallyu nos EUA. Só é uma pena que isso tenha sido com uma música tão estéril quando The Feels…