Jujutsu Kaisen segue entregando bops em forma de OST com “SPECIALZ”, do King Gnu

Okay, não contem isso pro pessoal que acompanha o que eu escrevo lá no JBox, mas provavelmente o melhor anime desse ano é, novamente, “Jujutsu Kaisen”. Isso não aparecerá na lista que eu faço lá todo fim de ano, porque eu só considero lançamentos inéditos nela, mas acho que nada no mundinho das animações nipônicas conseguiu se equiparar ao trabalho que o estúdio Mappa fez nessa temporada.

E o estúdio Mappa também tem uma mão bem boa para escolher as trilhas sonoras de seus animes. De “Jujutsu” mesmo, tem “Eve”, “Lost in Paradise”, “Vivid Vice”, “Ao no Sumika” (desse ano mesmo) e, agora, SPECIALZ, da banda King Gnu. Ouçam essa maravilha esquisita para caralho e digam se não é um dos troços mais legais que saíram nos últimos meses:

Eu não conhecia a banda, mas conhecia um dos integrantes, o Daiki Tsuneta, que faz parte de um outro grupo, o Millenium Parade (que tem com a mamãe Sheena Ringo outra das melhores músicas desse ano, WORK).

“SPECIALZ” é um daqueles casos (que eu sempre bato na tecla quando trago uma animesong excelente por aqui) onde a música consegue transpor aos ouvidos exatamente a sensação que o anime parece querer passar. Nessa temporada atual de “Jujutsu”, o arco de Shibuya que frequentemente entra nos TTs, os personagens estão todos enfrentando vilões perigosíssimos no halloween, e aí um monte de merda acontece e vai escalando sem que ninguém ali pudesse prever (nem os heróis, nem os vilões).

E “SPECIALZ” traz essa ideia em som. É uma música cujo instrumental é todo meio estranhão, cheio de viradas que até parecem não se juntar direito (mas de alguma forma funcionam), com vocais todos muito diferentes entre si e com um tom de “gospel” em alguns momentos. Tudo aqui parece ser disfuncional e desnorteante, tal como o que é contado no anime. É uma viagem que fica ainda mais louca por conta do videoclipe, cheio de cortes rápidos e cenas envolvendo danças, animações, drag queens, robôs gigantes e heróis que não parecem fazer tanto sentido.

Falando assim, o capopeiro médio que habita em vocês parece se assustar, eu sei. Mas ouçam isso aqui, porque é um bagulho divertido demais e viciante. Porque “SPECIALZ” é o tipo de treco que faz a gente pensar “hmmm, que doideira” e dá vontade de pesquisar acts que façam sons diferentes do habitual. Grande animesong, ainda outro grande J-Pop de 2023.

3 comentários em “Jujutsu Kaisen segue entregando bops em forma de OST com “SPECIALZ”, do King Gnu

  1. Specialz é MUITO BOA. Descreve bem o arco de Shibuya com essa vibe claustrofóbica (lógico, porque muitas das lutas acontecem no subterrâneo, dentro da estação de metrô), medonha, esquisita. Você tem a batida constante sempre no mesmo ritmo, no fundo da música, como um vilão manipulando os acontecimentos por detrás dos panos.

    Mas minha SOTY é Ao no Sumika. Não tem jeito. É disparado a música que mais ouvi esse ano, até. Encapsula um certo tipo de melancolia que só existe no verão (que agora é a única estação que existe no Brasil, e infelizmente não o verão bom, com gosto de infância, que eu costumo sentir saudades – obrigada, aquecimento global), e que serve bem à minha autoindulgência. Me lembra as melhores (e mais tristes) do Smashing Pumpkins naquele período entre o Siamese Dream e o Mellon Collie.

    Está acompanhando o mangá de Jujutsu ou só o anime? Todo dia eu entro no finado Twitter e vejo o nome do Gojo nos TT na esperança de que ele ressuscite, porque não consigo aceitar a viuvez. Pena que o mangaká odeia o meu príncipe 😦

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    1. O homem é o cara mais foda do anime, não aceito a morte dele. Quero só ver o futuro da saga, o pessoal tá P da vida com autor, esperando novos capítulos dessa novela…

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      1. Eu também não aceito, sou do time #voltaGojo que está criando teorias no Twitter. Se o próprio Kenjaku disse que o único jeito de matar um usuário da Técnica Amaldiçoada Reversa é decapitando, então ele tem chances. Acho que ele volta sim (nem que seja pela pressão da editora por o autor querer matar o personagem que é indiscutivelmente o mais popular da obra).

        Se não voltar estarei protestando na porta dos quartéis.

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