TOP 100 | As melhores músicas do asian pop em 2023 [85-71]

Hoje é natal! Já ouviram “The Carol”, “The Carol 2.0” e “The Carol 3.0”? Entre uma rabanada e um peru, sigamos atualizando esse ranking.

Mais um corte contendo vários grandes bops esplendorosos e inesquecíveis do ano de 2023. Essa segunda leva contém muitas músicas maravilhosas que, em algum momento dos últimos meses, fizeram muito a minha cabeça, foram enormes vícios e por aí vai.

85. NISHINA – WITH CRANBERRY JAM

A intro dessa aqui engana. Parece que o que virá será um rockzão sinfônico bem característico do que é feito por seiyuus, mas imediatamente após essa intro já começa um jazzinho bonitinho com essa gatinha de voz de desenho animado cantando sobre as durezas da vida ou algo assim. A mistura do instrumental todo elegantão com o vocal bizarro dela e a letra que vai no completo oposto da felicidade que estamos ouvindo faz de “With Cranberry Jam” uma dessas músicas que valem a pena serem descobertas. A gente escuta e pensa “hmmm, bem perspicaz!” Mas não de um jeito pedante, na real, de um jeito bem divertido (lembra IU, btw).

84. PURPLE KISS – AUTOPILOT

A segunda das três “Initial S” lançadas no mesmo mês a aparecer aqui é “Autopilot”, do Purple Kiss. O Purple Kiss é um grupo de queridas aqui desse blogueiro, que resolveu adotar elas assim como outros membros dessa blogosfera abraçaram suas próprias gatinhas classe D do K-Pop. “Autopilot” faz tudo o que uma “Initial S” deve fazer. Há muita dramaticidade por cima dos sintetizadores oitentistas, há aquela impressão de que uma perseguição de moto com Kamen Riders está ocorrendo, há muita vontade de jogar o cabelo no vento e por aí vai. E elas cantam muito mais do que as pirralhas do tripleS, o que conta muito em números assim, então é claro que ficariam na frente.

83. HIKARI MITSUSHIMA, MONDO GROSSO – SHADOW DANCE

A parceria entre a Hikari Mitsushima e o Mondo Grosso vem de anos, e já gerou grandes bops inesquecíveis em minhas audições diárias. “In This World” mesmo pegou um top 10 aqui ano passado, e “Labyrinth” é um desses lançamentos antológicos que eu sempre revisito. “Shadow Dance” tá no mesmo nível, com a dupla servindo dessa vez algo mais lento, mas tão atmosférico quanto os dois outros singles. É ainda outra música linda, sinestésica, que consegue mexer com sensações, despertar coisas e transportar nossa mente para outros lugares quando escutamos ela.

82. MAN WITH A MISSION, MILET – KIZUNA NO KISEKI

Como sempre digo, acho “Demon Slayer” um cocozão, mas os produtores de tamanha merda animada têm sempre uma sensibilidade bem grande com as músicas que escolhem para montar sua OST. A delícia vinda dele nesse ano foi essa parceria entre a banda furry Man With a Mission e a Milet. A mescla entre elementos sonoros tradicionais japoneses com o rockzão 2000s dos lobos, mais o vocal adocicado dela, gera uma peça de pura energia que só o J-Rock pode nos proporcionar. Uma pena a tragédia desanimada que é essa porcaria de série não seguir o mesmo nível de qualidade.

81. PEOPLE 1 – GOLD

Ainda na seara de animês, mas dessa vez com um que é muito legal, rolou uma continuação para o divertidíssimo “Ranking of Kings” esse ano, e o tema de abertura foi essa “Gold” aí, de uma banda que eu nunca tinha ouvido falar. A música é excelente, e vai naquilo que eu sempre elogio de saber vender bem o clima que o animê quer passar. Eu ouço, aí sinto que recebi uma injeção de felicidade diretamente no meu coração e agora preciso sair todo dançandinho e esquisitão pela casa. Eu acho é uma pena que muitos de vocês não são otakinhos e não se empolgam com esse tipo de número, pois 2023 foi recheado deles.

80. LISA – REALIZE

Pensando aqui se “Aranhaverso” foi o filme do ano. “Godzilla Minus One” também foi muito bom, mas “Aranhaverso” é insano demais. Ahein, isso é papo para outro lugar. Aqui, vale destacar o pancadão que a LiSA soltou dentro da trilha sonora do filme. É 100% LiSA, com todas as características que as melhores músicas dela carregam. O rockzão pauleira atrás está comendo, o vocal mais dramático dela também, mas tudo com aquele pézinho no pop que deixa o resultado muito chiclete. E a letra sobre lidar com o próprio destino, que conversa com o enredo do filme, também bate muito forte.

79. AYA UCHIDA – PREVIEW

Mais animesong. Yup, eu disse que esse foi um ano recheado de ótimas delas. Essa aqui é pra um desenho com um nome enorme, se preparem: “The Aristocrat’s Otherworldly Adventure: Serving Gods Who Go Too”. O bom de “Preview” é que ela é exatamente o que esperamos de uma animesong, sabe? O instrumental ultra energético, como se fosse bolado por alguém que ingeriu dois pacotes de açúcar no café da manhã, é encantador demais. A Aya Uchida, que também é seiyuu, tem um vocal colorido e expansivo. É como se ela cantasse e uma torta de morango fosse jogada na nossa cara.

78. NICOLE – MYSTERIOUS

Fico feliz que o retorno comemorativo do KARA, aparentemente, reacendeu o interesse da Nicole (ou o interesse NA Nicole) em sua carreira solo. Eu nunca me importei de verdade com o que ela lançou no K-Pop, acho o LP dela no Japão bem mais afiado e com músicas mais únicas, mas esse ano o jogo virou: o single dela no J-Pop eu caguei, enquanto “Mysterious” foi um dos meus vícios de começo de 2023. O refrão é bem provocativo e a performance dela num todo dá uma vida extra a uma música que, nas mãos de alguma solista menos talentosa, seria apenas ok. Sim, Nicole, você é misteriosa e eu vivo por isso!

77. PURPLE KISS – SWEET JUICE

Um salve pro Guilherme, do Palpites Alheios! :V Como eu disse posições atrás, o Purple Kiss é um grupo de grandes queridas que esse blogueiro aqui adotou. E tal como a “Mysterious” acima, “Sweet Juice” foi um dos meus maravilhosos vícios de início de ano. A música é deliciosa demais, e é mais uma a ir a fundo nesse conceito mais soturno que parece ser a linha que guia o Purple Kiss. O instrumental é dramático e elegante, sem precisar explodir em momento algum para nos afogar em libido. Os vocais delas estão de arrepiar. Aí tem também o MV de hotel assombrado bonito demais. Enfim, ícones!

76. BALA – HEAVENLY

Possivelmente, o debut japonês mais legal desse ano foi o desse girlgroup de gostosas weirdos com cara de que metem a porrada em homem que gosta de apanhar chamado bala. Eu sei que não tem como japoneses saberem que “bala” é uma gíria para uma droga aqui no Brasil, mas calha de ser uma coincidência divertida elas apostarem numa sonoridade mais viajada no EDM elas. “Heavenly” bebe muito de Wednesday Campanella, do já mencionado Mondo Grosso, além de puxar um pouco do que artistas daquela extinta gravadora PC MUSIC fazem no ocidente. Música muito legal de um act que tem tudo para nos surpreender bastante daqui pra frente.

75. QUEEN BEE – 01

Ainda outra animesong. Essa, de um dos meus desenhos prediletos do ano: “Undead Unluck”. Não sei se tem muita coisa que eu poderia falar dessa faixa que já não tenha dito de outras animesongs até então (risos que estamos só na SEGUNDA PARTE da lista e já estou sem repertório pra justificar gostar de tanta coisa parecida), mas a vocal do cara aqui é bem legal e o refrão cantado meio em coral ajuda muito a trazer energia pro pacote todo. A gente escuta e dá vontade de estar pulando com várias outras pessoas na plateia. Numa informação adicional que não tem nada a ver com a música: essa capa tem me dado gatilho, pois ele parece estar segurando a bandeira do Botafogo. Porra, Botafogo, tinha que pipocar daquele jeito no Brasileirão? =/

74. KEP1ER – GIDDY

O KEP1ER não tem despertado tanto o interesse da nação quanto outros grupos gerados na franquia Produce 101, né? “Ah, mas elas são do Girls Planet e” aquilo é o Produce 101 com outro nome, sigamos em frente. Talvez seja só o cansaço do formato “gatinhas vindas de um reality”, ou de grupos com muitas integrantes. Ou o repertório não tem tanta coisa boa. Sobre repertório, eu genuinamente curti “Giddy”, que parece nem ter chamado tanta atenção entre vocês. O baixo levando a melodia é cativante, a letra é divertida, o refrão é grudento. Do nada eu estou em casa e começo a cantarolar “giddy giddy giddy giddy all day, giddy giddy giddy giddy all night”.

73. MAISONDES, ASMI, SURII – AIWANAMUCHUU

Um nicho bastante específico de fãs de J-Pop (uns chatos) tem reclamado de uma “Yoasobização” do cenário. Porque aquela dupla Yoasobi (aguardem coisa deles muito mais lá pra cima, ahein) tem feito bastante sucesso e outros acts têm feito canções parecidas com as deles pra surfar nisso. Eu me importo com isso? …Não, já que adoro o Yoasobi e quanto mais músicas no estilo deles pra mim ouvir, melhor. O exemplo é essa OST de “Urusei Yatsura” aqui, que é 100% Yoasobi mesmo e toda vez que chega no aleatório do Spotify eu já abro um sorrisão. Jotapopeiro sempre arruma motivo pra reclamar, né?

72. GACHARIC SPIN – KACHI KACHI YAMA

Indo prum lado bem diferente do fofinho acima, tem essa banda de garotas aqui cuja vocalista tem um timbre bem mais sóbrio e profundo que o de outras gatinhas do J-Pop. Ela cola muito com “Kachi Kachi Yama”, pois ela alterna entre o cantar mais melódico e energético do refrão e uns momentos de spoken word que tornam os versos algo super divertido. Aí vem a bridge mais emotivazinha e gritada e “Kachi Kachi Yama” desemboca naqueles pop/rocks ultra envolventes, meio Puffy AmiYumi nos anos 2000. Falando outra vez sobre capas, eu adoro a desse single. Acho a imagem da vocalista colocando esse onigiri purpurinado na boca puro luxo.

71. LEE CHAEYEON – KNOCK

Um plot twist desse ano foi a Chaeyeon, que nunca me chamou muita atenção no IZ*ONE e teve um debut bem, huh, “alternativo”, se revelar como a reencarnação da BoA nisso de gostar de músicas onde ela pode dançar em coreografias bem caprichadas. Eu não esperava algo como “Knock” vindo dela. Nem só a dança é bem criativa, mas a ideia na música também. Ela ser montada, basicamente, por cima do som de batidas de uma porta é legal demais. Aí tudo em torno dela é sing-along, fica martelando na cachola daí em diante e por aí vai. Melhor single da Chayeon até então.

 

Hora de voltar pro salpicão!

5 comentários em “TOP 100 | As melhores músicas do asian pop em 2023 [85-71]

  1. Lunei, acho que você trocou os posts… Esse de 85-71 na verdade era pra ter sido o primeiro, pois as músicas do 100-86 eram BEM melhores… Mas bom gosto é pra poucos mesmo, né! Dito isso, que história é essa de Shadow Dance ter morrido na praia TÃO cedo????? Pegaria um top 20 fácil no meu top (isto é, se eu tivesse um blog. Como não tenho, fico aqui dando pitaco no top dos outros).

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