Top 10 músicas da primeira ~geração Produce 101~

Toda sexta-feira de madrugada, o homossexual conhecido online como Dougie tem feito lives da Twitch assistindo e comentando os episódios da ICÔNICA (e acho que essa é uma das poucas vezes que usei a palavra não ironicamente aqui nesse blog) primeira temporada do reality show Produce 101. Para quem não lembra, ou nem estava vivo nessa época, o Produce 101 foi exibido em 2016 na MNET e tinha como intuito juntar 101 trainees de diferentes gravadoras do K-Pop para formar um girlgroup temporário gerenciado pela YMC Entertainment.

A ideia era interessante e surfava mais ou menos no que a JYP Entertainment tinha feito um ano antes com o SIXTEEN, reality que deu origem ao TWICE. Só que numa escala muito maior (ambos foram parte do meu objeto de estudo no TCC de Jornalismo, que vocês JAMAIS lerão, hahaha). O programa se tornou um sucesso que, chuto, nem a própria MNET esperava, de modo que ele virou o blueprint para outros programas desse tipo. O próprio Produce teve e ainda tem mais algumas temporadas na Coreia do Sul, na China e no Japão, além de outras emissoras e a própria MNET se basearem nele para executarem a mesma ideia em exemplos como o The Unit, o MIXNINE, Girl’s e Boy’s Planet, I-LAND, e a lista segue.

Mas mais do que isso, a franquia Produce, à época, se tornou uma vitrine de promoção para as gravadoras já anteciparem a divulgação de seus trainees e tentarem arrecadar público para que eles, quando enfim debutassem com seus próprios girlgroups e boygroups, já arrastassem essa galera que os conheciam antes. Do lado masculino, pela segunda temporada, o NU’EST ganhou uma sobrevida com um dos tiozões lá entrando no Wanna One, enquanto, mais tarde, o AB6IX debutou lá em cima nos charts por três dos integrantes terem participado do programa, e dois vencido.

Mas o assunto aqui é a primeira temporada! Eu tenho em minha cabeça esse termo que eu chamo de ~geração Produce 101~, que se refere ao tanto de releases que saíram por conta dessa primeira temporada do reality, que deu ou esticou a carreira pra uma porção de gatinhas no K-Pop. Isso porque as integrantes que venceram e entraram no I.O.I foram trabalhadas (simultaneamente até) em outros grupos, ou ganharam carreiras solo. E outras, que só participaram, mas tiveram algum tipo de projeção por isso, também tiveram seus próprios corres dali em diante, calcados nessas participações, ou antecipados por elas.

Então, montei aqui uma listinha de músicas num top 10 que eu acho que fazem parte dessa era. O tempo que essa era dura é, huh, bem questionável e elástico, totalmente arbitrário. Pensem em acts que debutaram até antes do debut do IZ*ONE, mas com músicas de mais ou menos essa época aí, sem tanta coisa muito recente, focando só na segunda metade da década passada. Acho que vai fazer mais sentido enquanto eu elenco na lista.

Aah, eu me impus duas regras: não repetir nomes e não considerar as músicas que foram criadas e performadas para o próprio Produce 101, pois eu já tenho um post aqui comentando elas. A tia Insun acabou ficando de fora, mas ouçam Rainbow, que é ótima também. Também deixei de fora o CLC, porque, particularmente, não relaciono tanto o grupo ao programa, mesmo com a Eunbin temdp ido bem lá (sou só eu?). E a culpa não é minha que a Chanmi não lançou nada que preste. Bora lá…

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Top 15 hinos gays do K-Pop!

Os recentes posts de boygroups feitos aqui no blog agradaram a muita gente, mas essa “cota hétero” parece já ter dado nos nervos de alguns de vocês. Caso da leitora Julia, que mandou mais um delicioso pix para minha conta essa semana encomendando uma lista com aquelas que eu considero serem as músicas mais homossexuais do K-Pop para poder limpar o palato.

Quando pensamos em “hinos boiolas” nesse nicho, podemos ir para, pelo menos, dois lados diferentes. Um deles é o de músicas que, de fato, são feitas por gays, ou feitas para passar uma mensagem de apoio à comunidade, como “Heart Attack”, da Chuu, “Love Wins All”, da IU, “Dusk Till Dawn”, da Amber, ou qualquer coisa que o Jo Kwon tenha feito e nunca dei muita importância.

O outro é o de músicas que se apropriam (e não digo isso de modo ruim) de sonoridades comuns e historicamente relacionáveis aos guetos LGBTQ+, como a disco, a house e o synthpop, e constroem em cima disso faixas que nos fazem pensar “nossa, que gay anthem”, porque se fossem lançadas nas épocas em que as festas desses guetos se iniciaram (entre as décadas de 70 e 90), certamente seriam adotadas pela comunidade, como clássicos da Donna Summer, da Gloria Gaynor, do Frankie Goes to Hollywood, Village People, Madonna, Pet Shop Boys, etc.

Hino

E é nessa pegada que decidi montar essa lista, com 15 músicas, todas extremamente dançantes, que por mais que (a maioria delas) não tenham sido pensadas com esse propósito, pra mim se tornaram hinos homossexuais de dentro do K-Pop.

Em ordem crescente de preferência, vamos lá…

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TOP 100 | As melhores músicas do asian pop em 2019 [10-01]

E enfim chegamos ao fim de mais um ranking throwback do Miojo Pop, listando quais foram os 100 melhores lançamentos do asian pop durante o cansativo ano de 2019. Muitas foram as ótimas músicas que passaram por aqui nos últimos dias, mas só 10 conseguiram atingir o ápice em tal listão.

Sem mais enrolações, qual bop se juntará ao cunty de Glitch, da Kwon Eunbi, à animesong heaven de Vivid Vice, do Who-Ya Extended, à epítome do citypop de Soul Lady, da Yukika, ao baladão ultraemotivo da BoA, Fly, ao sex anthem Eclipse, da Kim Lip, ao rockzão poético She Hates Me, da Anna Tsuchiya, ao pop heaven de Aladdin, do Wednesday Campanella, à magia ballroom de 4 Walls, do f(x), e ao pancadão indústrial de Red Light, também do f(x), no panteão de bests of aqui do blog? Confiram…

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TOP 100 | As melhores músicas do asian pop em 2019 [40-26]

E enfim chegamos à trinca final de posts. O que quer dizer que, daqui em diante, todas as faixas realmente fizeram algum barulho em minhas playlists, a ponto de, em dados momentos, serem consideradas para o top 10. Só que a vida não é perfeita para todos, então tais delicinhas acabaram barradas da festa um pouco mais cedo. Mas só um pouquinho mesmo.

Sem mais delongas, vamos lá…

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Guarnições: Weki Meki – True Valentine

“Guarnições” é um termo almofadinha da gastronomia para os famigerados e adoráveis acompanhamentos dos pratos: não são o principal do consumo, não é por eles que o dinheiro é colocado, mas caso bem montados, acabam fazendo toda a diferença na degustação final. No mundo do asian pop, isso se reflete nas album tracks e b-sides de lançamentos.

Nessa coluna, a proposta é, sem muito critério além de “eu gostar”, panfletar algumas dessas faixas que não foram trabalhadas como single ou title, mas que seguem valendo a audição conforme os anos foram passando.

Recentemente, eu voltei a ouvir a playlist que eu tinha feito lá em 2018, quando ainda tinha aquele outro blog. Tem muita coisa legal lá, mas calhou de eu me lembrar de uma album track de Weki Meki (por onde andam) que eu curti enlouquecidamente na época e voltei a me viciar agora. Então, venham escutar a delícia que é a pouco comentada True Valentine

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