TOP 100 | As melhores músicas do asian pop em 2018 [100-86]

2020 será curto e há muita pauta do outro blog pra jogar aqui nesse, então melhor começar logo. Como vocês sabem, tinham rankings de melhores do ano do cancioneiro asiático entre 2011 e 2018 arquivados no WordPress e, bom, parte da graça disse de brincar de blogueirinho é eu poder explorar trecos que rolaram no passado. Eu adoro revisitar lançamentos de antigamente e, vá lá, a melhor fórmula pra isso são esses listões com o que de mais ketchy saiu.

Achei melhor começar por 2018, pois é o que tá mais fresco na memória de vocês e na minha. O ano retrasado foi esquisito pro K-Pop, com vários acts disbandando, mas é fato que os rookies surgidos há pouco tempo conseguiram manter o interesse do capopeiro médio nisso. Já no J-Pop… foi meio fuen, com alguns dos artistas principais que fazem minha cabeça ou lançando pouca coisa que preste (porra, Wednesday Campanella), ou não lançando NADA. É a vida.

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GoWon comemorando uma eventual aparição de “One&Only”?

De hoje até sei lá quando, apresentarei aqui minha compilação com as 100 melhores de tal período. A maioria dos parágrafos e posições foi reaproveitada, então é capaz da galera de antigamente reconhecer algumas das piadas ruins, mas, né, finjam.

Btw, antes de tudo, uma menção honrosa…

MENÇÃO HONROSA: MARIYA TAKEUCHI – PLASTIC LOVE

Gosto muito de começar essas listas com canções que, de certa forma, foram importantes ao cenário dentro do ano específico, mas acabam não podendo ser incluídas junto com as demais. “Plastic Love”, no caso, por ter sido lançada em MIL NOVECENTOS E OITENTA E CINCO. Só que, por sei lá qual motivo, a grande maioria da galera que consome conteúdo nipônico pelo YouTube, querendo ou não, acabou tendo contato com o vídeo acima com a foto do LP “Morning Glory” e o áudio da música aparecendo entre os indicados da plataforma. Resultado: esse que foi o single de maior fracasso da Mariya Takeuchi, aleatoriamente, viralizou a ponto de reviver sua imagem na mídia, lhe rendendo um comeback, um fanmeeting e várias comemorações pros seus 40 anos de carreira. É o poder da internet, meus caros. Enfim, vamos todos juntos mais uma vez: “I’m just playing games / I know that’s plastic looooove / Dance to the plastic beat / Another morning cooooomes…”

100. GOWON, OLIVIA HYE E HEEJIN – ROSY

2019 foi LOTADO desses exemplares de deep house que eu adoro, mas que, comparativamente, acabam muito parecidos uns com os outros. Um dos melhores e que mais sobreviveram ao tempo foi “Rosy”, b-side do single da Olivia Hye. Yup, a essa altura do campeonato, o Loona ainda não havia debutado e ainda rolava a deliciosa estratégia de garotas do mês, parece que foi há uma década isso. Imagino que a sustentabilidade nas minhas playlists seja pelo boost de iconicidade adquirido pela letra extremamente sexual, cheia de jogadas de duplo sentidos adicionadas em praticamente todos os versos. Uma pena não ter rolado um clipe bem sacana com Olivia, Gowon e HeeJin piranhando debaixo das cobertas ou qualquer coisa do tipo. Ao menos, durante os shows delas, a BBC deu a track para o Odd Eye Circle performar se esfregando em pedestais iluminados, o que meio que remedia a situação.

99. OH MY GIRL – TWILIGHT

Continuando na seara de album tracks, mas partindo dos anos 90 pros 2000, temos essa ótima do Oh My Girl. Ainda não creio que a empresa delas iniciará logo a transição de grupo aegyo para girlcrush, visto o sucesso que suas faixas mais adocicadas alcançam num geral (vide Queendom). No entanto, é bom deslumbrar o que deve vir delas daqui uns anos, quando o público de tiozões se cansar e elas precisarem buscar um biscoito internacional numa estética mais abrangente. “Twilight” estaria em casa no dance eletrônico (já datado) explorado pelo K-Pop em sua era de ouro. Não é nada mudador de vidas, mas desce redondinho como uma farofa despretensiosa para arrumar a casa imaginando estar numa balada. Sigo ouvindo quase todos os dias.

98. E-GIRLS – JUST A LITTLE

Eu já falava e repetia isso várias vezes anos atrás, mas a “nova fase” do E-Girls foi estranha demais. E nem é só pela descaracterização do projeto de “supergrupo com todas as Exile Girls” num todo, mas, principalmente, pelo repertório “pouco E-Girls” delas. Não é a toa que vão disbandar em breve. E enquanto os vários singles que saíram em 2018 soaram, na real, como materiais dos grupos separados, foi “Just a Little” a música “mais E-Girls” delas – e a melhor, numa comparação. É um daqueles EDMs vibrantes, bolados unicamente para fritar numa pista de dança, mas é essa a grande coisa do grupo, quando paramos para pensar, né?

97. UNB – FEELING

Não sei se vocês se lembram (eu já tinha esquecido antes de montar esse top), mas rolou um Produce 101 genérico na KBS com idols que não vingaram chamado The Unit, com o intuito de juntar uma galera out of charts em dois supergrupos, um masculino, um feminino, de modo a dar lhes dar uma segunda chance. É óbvio que isso não vingou e ambos Uni.T e UnB amargaram um enorme fracasso com as promoções terríveis da empresa lá do T-ara, mas ao menos pudemos contar com esse farofão aqui do lado dos oppas que parece enviado de uma máquina do tempo, direto do ano de 2012. Hino. Será que os integrantes estão passando fome hoje em dia?

96. SEULGI X SIN B X CHUNG HA X SOYEON – WOW THING

Aah, em 2018 ainda rolava esse projeto “Station” da SM, com a gravadora colocando seus contratados e pessoas de outros selos para gravarem singles digitais e, vez ou outra, abrindo a carteira para videoclipes bem jeitosinhos. Caso dessa collab avulsa de Seulgi (Red Velvet), Sin B (GFriend), Chung Ha (Chung Ha) e Soyeon ((G)I-DLE) num throwback noventista rebolativo demais. Todas (até a Sin B) estão maravilhosas, mas quem rouba a cena é a Soyeon, com seus versos de rap brejeiros e voz de ET quebrando tudo no banheirão enquanto as amigas retocam a maquiagem. Um prelúdio do que rolaria mais tarde em “Uh-Oh”.

94. THELMA AOYAMA – ONIGIRI

Isso aqui é uma palhaçada ridícula, mas tão ridícula, que faz a volta e se torna cult. A tosca da Thelma Aoyama resolveu montar um álbum inteiro com “sonoridades de sua época de escola”, rendendo uma porção de trecos divertidos aos ouvidos, mesmo que não tivessem muito a ver com o final dos anos noventa. Caso dessa “Onigiri”, apostando num urban trap atual do Post Malone, mas com uma letra absurda sobre aqueles bolinhos de arroz nojentos que japoneses comem como se não houvesse amanhã. Koda Kumi estaria orgulhosa.

94. PRIMARY, ANDA – ZEPPELIN

Quem conheceu a Anda com o pancadão eletrônico de “What You Waiting For” deve ter levado um susto ao dar uma olhada na discografia dela no Spotify e descobrir que, em seu trabalho anterior, ela encarnou uma persona tão alternativa e “não diva” como a mostrada em seu EP em parceria com o Primary. “Zeppelin” funciona como o momento mais animado e radiofônico nele, provavelmente estando em casa em algum álbum da Carly Rae Jenpsen. É daquelas que joga a empolgação lá pro alto, num tom vibrante e positivo em instrumental, interpretação vocal e videoclipe. Ela toda animada dançando pelas ruas, tipo em Run Away With Hino, eleva o pacote todo, que já é sonoramente muito bom. O baixo faz toda a diferença.

93. ADOY – WONDER

Ainda nessa de acts hipster emulando sonoridades melancólicas dos anos 80, eu não poderia deixar passar o lead single do cataclísmico EP do ADOY, meu segundo grupo coreano alternativo favorito em todos os tempos (o primeiro é o Pocket Girls). “Only Wonder” é LINDA. É o tipo de baladão datado que imagino tocando no rádio do carro, numa viagem, a noite, com amigos, como se estivéssemos décadas atrás e, no meio dela, entrasse uma vinheta com voz empostada, falando “Sulamérica Paradiso FM, agitando a noite para os apaixonados” ou algo do tipo. O refrão fica naquele limiar imbatível entre o triste e o feliz que não dá para descrever direito.

92. SHIGGY JR. – DANCE DANCE DANCE

Mais bagulho alternativo, dessa vez de um grupo japonês. O refrão de “Dance Dance Dance” chega sei lá de ontem e funciona como um porradão na fuça, tão inesperada que é a guinada de peso do instrumental. É como se Brown Eyed Girls encontrasse Perfume e, dessa junção, nascesse um jam festeiro, futurista e ultraenergético que embalaria uma discoteca alienígena proibida para terráqueos fedidos. Tomem fôlego antes de dar play.

91. NCT DREAM – WE GO UP

Se os pirralhos desconjuntados do NCT Dream surpreenderam ano passado com o melhor single de boygroup em 2019, um ano antes eles já vinham preparando esse terreno de transição entre “pior NCT em todos” e “único NCT que me presto a ouvir”, lançando a também ótima “We Go Up”. A proposta é mais ou menos a mesma de “Boom”, mas indo um pouco mais atrás nas referências instrumentais, mas acertando em cheio em entregar um número dançante “das ruas” divertidíssimo de ouvir, bem mais descontraído e se levando bem menos a sério do que em releases anteriores. Sigo com a ideia de que a SM deveria extinguir os outros NCTs e oficializar esse aqui como o único grupo NCT.

90. BOA – EVERBODY KNOWS

2018 foi O ANO para a BoA. Não em sucesso, claro, já que ela carregou flop atrás de flop, mas em quantidade e, principalmente, qualidade em seus releases. Ao todo, rolou um LP japonês, acompanhado de um single inédito por lá, mais um EP e um full album de inéditas na Coreia do Sul. Tudo muito bom, com aproveitamento bastante alto (são 9 músicas dela nesse top, hahaha). Do mini coreano, uma das tracks mais gostosinhas foi “Everybody Knows”, com BoA misturando umas influências urban e tropicais num número extremamente evolvente, que ganha pontos de sensualidade por conta de sua interpretação vocal suspirada. Adoro a flautinha peruana que vem depois do refrão.

89. PRISTIN V – GET IT

O bubblegum pop do Pristin completo (hehehe, já morreu), com “Wee Woo” e “I Like”, é bem divertido de ouvir. Mas elas nessa pegada rampeira, com o line up reduzido, ficam irresistíveis. Fosse eu o dono da Pledis, faria desse o produto principal daqui pra frente (hahahaha, esse parágrafo envelheceu muito mal). “Get It” entrega tudinho que um single girlcrush/sexy concept precisa ter: a música é excelente, provocativa, sapeca, com elas botando uma interpretação sassy, espevitada, desaforada, insolente em seus vocais, dança e tempos de tela. Esse template é tão imbatível quando bem feito, com orçamento alto, bom gosto e uma escolha eficaz de elementos musicais que fica difícil competir. Pra ser melhor, só se Pinky e eu fizéssemos uns filhos de tripla cidadania. Seria mágico.

88. K/DA – POP/STARS

Mais um single com a participação da Soyeon. Ícone mesmo. Não acompanho o mundinho de League of Legends (sou velho, desculpa), mas rola isso de, ano a ano, eles fecharem uma parceria com artistas da música para singles temáticos envolvendo bagulhos do jogo, ou trecos do tipo, sei lá. Para nossa sorte, em 2018, foi a vez deles darem duas fodas para o K-Pop, convidando duas minas do (G)I-DLE e duas solistas desconhecidas para dar voz a um quarteto de personagens bad gurls, estrelando essa “Pop/Stars” aí, que junta tudo o que de melhor há no “mina fodona concept” e amplia ao máximo num videoclipe animado ESPETACULAR. Vai soar repetitivo, mas a Jimin-da-Cube também rouba a cena nesse com seu rap destrutivo.

87. IZ*ONE – LA VIEN EN ROSE

É capaz de vários de vocês rolarem os olhos com a aparição do IZ*ONE aqui, visto a pá de merda relacionada ao grupo, incluindo jabá do MAMA, no Produce 48 e blá blá blá, mas, ó, “La Vien En Rose”, por mais que não tinha valido mesmo o título de rookie de 2018, continua sendo um jam adorável. Inclusive, um dos melhores em tal ano apostando nesses elementos latinos que tanto me enchem o saco. Gosto de tudinho nela. Os “la la laaaa, la la laaaaa, la vien en rose” gritados da ponte são empolgantes demais, o break “pra baixo” do refrão causa um estranhamento bem satisfatório, toda ela carrega artifícios para fazer desse debut um momento excelente de apreciação – que provavelmente ficaria melhor com o CLC, mas não entrarei nessa questão.

86. MAMAMOO – STARRY NIGHT

Essa daqui é tão bonita. É interessante ouvir o Mamamoo, um grupo cujo maior apelo está no vozeirão das integrantes, apostar em algo tão sutil. “Starry Night” não chega a estourar de verdade em momento algum. Ela vai construindo uma atmosfera melancólica bastante imersiva, brincando com a adição de elementos e com a tensão montada, extremamente emotiva. Inusitado dentro do repertório do quarteto e na cena pop idol coreana como um todo. Na real, parece mais com algum feature de DJ europeu que com K-Pop em si. Ainda outro ótimo ano pro Mamamoo, que não só serviu esse bop aqui, mas ainda fez bonito em outros dois (spoiler) singles solos.

E foi isso aí de 2018 hoje, caras. Alguma surpresa? Arriscam chutar o que deve aparecer daqui pra frente?

Huh, diferente dos outros tops que já fiz no esquadrão e aqui, esse não está todo pronto antes de eu começar a postar. Eu vou escrevendo e liberando conforme for terminando as partes. Então, já adianto que elas não virão em dias seguidos. 😀

14 comentários em “TOP 100 | As melhores músicas do asian pop em 2018 [100-86]

  1. Confesso que fiquei ligeiramente chocado com alguns já sendo cortados (K/DA, IZ*ONE, Pristin V e Mamamoo).

    Mas faz tanto tempo que fiz o meu TOP2018 que nem sei mais se acredito mesmo em tudo aquilo que tá escrito.

    PS.: se Spotlight das meninas Vs não estiver nesse TOP, eu mesmo te caço pra te dar uns cascudos. Te amo s2

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  2. Perdeu ponto comigo por ter colocado avulsa seulgi (não conheço ela )quem participou do projeto foi a slaygi ksksis parei
    Mas caralho tá meio tarde para isso ,mas é bom ter mais música do loona mamamoo ,res Velvet e gwsn !!!

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  3. Pergunta se tu não tiver muito ocupado tu podia fazer seu top 50 city pop favoritos !!seria legal ver adoro esse estilo vaporwave japonês
    Eu colocaria oh no ou yes da mariya mundo grosso e Bay city

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  4. La Vie En Rose e Starry Night ficando em posições tão baixas foi uma surpresa. Por outro lado, adorei a menção honrosa a Plastic Love!

    Espero ver muito LOONA e Jolin Tsai nesse repackage do top 100 de 2018!!

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