Butter: Aleluia! O BTS finalmente lançou outra música boa!

*BOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOM* de novo

Falar de comeback do BTS sempre requer aquele parágrafo básico, contextualizando que eles são o grande grupo do K-Pop na atualidade, que conseguiram extrapolar o nicho e atingir o tão sonhado público fonográfico dos Estados Unidos, que eles são a sensação pop do momento. E também falar que, por consequência, uma enorme parcela da mídia, em programas de TV, veículos de imprensa e famosos de diferentes escalões acabar por puxar o saco do grupo em busca da atenção positiva que se aliar ao nome deles acarreta.

Posto isso, vou repetir o que disse ano passado quando eles soltaram a divertida Dynamite:

Então, é até surpreendente que, a essa altura do campeonato, o BTS tenha se prestado a apostar numa música realmente legal de ouvir. E legal de ouvir por ela mesma, não pela interpretação por trás, não pela possibilidade de construir narrativas complicadas em takes de 2 segundos no MV, não pela gloriosa mensagem inspiradora. Dynamite BUTTER é extremamente despretensiosa, voltada para as pistas de dança e sem toda aquela chatice de motivacional de butique “artística” que só cola com que tem de 16 anos pra baixo.

O que temos aqui é o que de melhor esse novo BTS pode trazer: um single divertido que funciona como música. É bacana que eles tenham mantido o funk setentista de “Dynamite”, pois isso lhes dá uma certa consistência sonora que esperam de artistas nos EUA. Eu curti bastante “Dynamite” à época do lançamento, mas confesso que o vocal muito trabalhado de alguns deles na track me cansou com o passar do tempo. Ia de Nile Rogers para Hatsune Miku muito rápido, numa mistura que não deu caldo em minha cabeça.

A boa notícia é que em “Butter” eles consertaram isso e os produtores usaram os vocais dos integrantes de maneira mais limpa. Nenhum deles soa como um vocaloid e mesmo os rappers, que geralmente dão uma forçada no catarro, aqui estão cantando suas linhas dum jeito bem agradável de ouvir. Minha parte predileta é lá por um minuto e quarenta, quando entra a bridge viajada no teclado, aí vem o moleque que usou o discurso do religioso genocida lá na mixtape e o Rap Monster que odeia o Justin Bieber guiando todos até o refrão final. Tudo muito legal de ouvir. Pra mim, a melhor faixa do BTS desde… “Run”? É, acho que sim.